Viaje pela América do Sul no cinema com Mostra El Camino

CCBB tem Mostra El Camino

Do dia 31 de maio ao dia 19 de junho de 2023, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro recebe a mostra “El Camino – Cinema de viagem da América do Sul”. Os filmes têm o deslocamento geográfico no centro de suas narrativas. São 19 filmes que servem de ótimos roteiros alternativos para o turista disposto a novas aventuras. O foco da mostra, obviamente, não é ser um roteiro turístico, mas os olhares dos diretores guiam os espectadores para além do lugar comum. As informações são da assessoria de imprensa da Mostra El Camino.

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Mostra El camino traz a viagem como ferramenta de crítica social

A mostra se guia por um conjunto de questões. Que países são esses que vemos em tela? De que maneira esses filmes constroem imaginários que reafirmam, ou questionam, símbolos nacionais anteriores? Como apresentam novas formas de filiação entre indivíduos, coletivos e territórios? Cada obra responde a essas questões à sua maneira e o interesse da mostra está em captar tais ressonâncias. Torna-se importante dar um passo atrás, entendendo o cinema de viagem como devedor de um longo histórico em uma consolidada tradição de literatura de viagem, europeia de origem. Compartilhando com ela uma narrativa sem final definitivo, de estrutura episódica e temporalidade variável; ora cronológica, como nos travelogues, ora suspendendo a própria noção de tempo.

Tanto na literatura quanto no cinema, a viagem tem o potencial de ser uma ferramenta potente de crítica social. Da forma que se concretiza nos cinemas sul americanos pós 1960, esse gênero também evidencia certa crise do que ali é próprio à era moderna e aos ideais específicos de progresso; seja pelos avanços desse modelo de desenvolvimento, seja pelos inúmeros problemas que desencadeia, da pobreza e do esquecidos na contabilização do todo enquanto estado-nação unificado.

Ao reunir cinematografias distintas sob um escopo cronológico amplo, a mostra realiza um duplo movimento: a um só tempo, diferencia e aproxima os cinemas de países vizinhos, evidenciando suas semelhanças e diferenças. A programação funciona como uma via privilegiada a fim de revisitar a nossa própria filmografia brasileira, bem como indagar sobre os pressupostos que fundam as chamadas identidades nacionais nesta porção singular do continente americano.

Assim, a mostra El Camino apresentará filmes de diretores consagrados como Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Jr. e Helena Solberg. Alguns aclamados pela crítica e referências para estudantes de cinema, como Serras da Desordem, de Andrea Tonacci, e Iracema – Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Filmes de gêneros distintos, indo do ficcional ao documentário, compõem um belo mosaico de possibilidades de explorar o tema “cinema de viagem”.

Curadoria pensou em 5 linhas de força

A curadoria, assinada por Carla Italiano e Leonardo Amaral, foi pensada a partir de 5 linhas de força que permitem criar agrupamentos entre os 19 filmes exibidos. A primeira linha reúne obras realizadas a partir da década de 1960 que lidam filmicamente com as contraditórias ideias de povo e nação: Vidas secas, Iracema – uma transa amazônica (Brasil), Os Inundados (Argentina), Os vampiros da miséria (Colômbia), A dupla jornada (Brasil).

Já o segundo inventário traz o drama de indivíduos em relação a representações de coletivo em suas diversas raízes étnicas e políticas, como em Noites Paraguayas (Brasil/Paraguai), A nação clandestina (Bolívia), A terra prometida (Chile), Pachamama (Brasil/Bolívia/Peru) e Carlos: cine-retrato de um andarilho em Montevidéu (Uruguai). Já o terceiro grupo lança mão de recursos do cinema fantástico e jornadas psicológicas, reconfigurando não só as cartografias de territórios como a própria noção de identidade: Brasil Ano 2000, Sonhos de gelo (Chile), A viagem (Argentina) e As filhas do fogo (Argentina).

Um quarto grupo pensa trajetórias transnacionais de povos originários por meio de Recriações de territórios indígenas perdidos, algo evidente em Serras da desordem, Tava – a casa de pedra (Brasil) e Zama (Argentina). Por fim, na lida com questões fruto dos processos coloniais da diáspora africana, a quinta linha agrupa curtas de teor auto-representativo que fazem viagens rumo aos continentes Africano: é o caso de NoirBlue e (Outros) fundamentos (Brasil).

Atividades paralelas da Mostra El Camino

A mostra El Camino realizará ainda três atividades paralelas de formação: debate com a pesquisadora e cineasta Milena Manfredini, no dia 02 de junho, às 18h; apresentação de Brasil Ano 2000 pelo diretor Walter Lima Jr, no dia 03 de junho, às 15h; e uma oficina com o professor Fabián Núñez, no dia 08 de junho, às 17h. Os encontros serão todos gratuitos, sempre com distribuição de senhas 1h antes do início.

Sexta-feira 02/06 – 18h

Debate com a pesquisadora e cineasta Milena Manfredini após exibição de (Outros) Fragmentos e NoirBlue | Livre

[Acessibilidade: LIBRAS]

Sábado 03/06 – 15h

Apresentação de Brasil Ano 2000 pelo diretor Walter Lima Jr.

Quinta-feira 08/06 – 13h30 às 17h

Oficina “O “filme de estrada” no cinema sul-americano | Livre

Com prof. Fabián Núñez (UFF)

Ementa: A proposta da oficina é abordar as características do gênero cinematográfico conhecido como road movie e sua presença no cinema latino-americano, mais especificamente da região sul-americana. O imaginário da fronteira na cultura latino-americana e os tensionamentos sobre a mestiçagem. O cinema latino-americano, particularmente o contemporâneo, em sua abordagem sobre deslocamentos e transitoriedade.

[Inscrições a partir de 31 de maio em www.anacoluto.art/elcamino]

MINI-BIOS

MILENA MANFREDINI

É cineasta, antropóloga, artista visual e curadora independente. Dirigiu e roteirizou os filmes Eu Preciso Destas Palavras Escrita (2017); Camelôs (2018); Guardião dos Caminhos (2019); Cais e Mãe Celina de Xangô (ambos em processo de finalização). Atua como curadora em mostras e festivais de cinema e é idealizadora e curadora da Mostra de Cinema Narrativas Negras, projeto voltado à pesquisa, exibição e visibilização das filmografias negras. Também exerce as funções de pesquisadora, professora e consultora no campo audiovisual.

FABIÁN NÚÑEZ

Professor Associado do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também é credenciado ao Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual (PPGCine). É líder do grupo de pesquisa CNPq Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA) e pesquisador membro do comitê gestor do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA-UFF).

Ficha técnica

Curadoria e coordenação: Carla Italiano e Leonardo Amaral

Produção Executiva: Marisa Merlo

Empresa produtora: Anacoluto Produções

Sobre o CCBB

Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro ocupa o histórico nº 66 da Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, prédio de linhas neoclássicas que, no passado, esteve ligado às finanças e aos negócios. Sua pedra fundamental foi lançada em 1880, materializando o projeto de Francisco Joaquim Béthencourt da Silva (1831-1912), arquiteto da Casa Imperial, fundador da Sociedade Propagadora das Belas-Artes e do Liceu de Artes e Ofícios. Inaugurado como sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1906, sua rotunda abrigava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos.

Na década de 1920 passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para abertura de sua sede. Esta função tornou o edifício emblemático no mundo financeiro nacional e duraria até 1960, quando cedeu lugar à Agência Centro do Rio de Janeiro, e depois à Agência Primeiro de Março. No final da década de 1980, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil decidiu pela sua preservação ao transformá-lo em um centro cultural.

O projeto de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda. Inaugurado em 12 de outubro de1989, o Centro Cultural Banco do Brasil conta com mais de 30 anos de história e celebra mais de 50 milhões de visitas ao longo de sua jornada. Juntamente com o Arquivo Histórico, Museu e Biblioteca – que possui mais de 250 mil exemplares em seu acervo, O CCBB é um marco da #interna revitalização do centro histórico da cidade do Rio de Janeiro e mantém uma programação plural, regular, acessível e de qualidade. Saiba mais sobre a história do BB no Arquivo Histórico Banco do Brasil agendando sua visita pelo ccbbrio@bb.com.b

SINOPSES

Os Inundados [Los Inundados]

Fernando Birri, p&b, 87′, 1961, Argentina | 10 anos

Um clássico do Cinema Novo argentino, dirigido pelo cineasta Fernando Birri. O filme conta a história da família Gaitán, habitante da província sulista de Santa Fé, que é forçada a viver de maneira itinerante em razão das grandes inundações que assolam o país.

Vidas Secas

Nelson Pereira dos Santos, p&b, 115′, 1963, Brasil | 10 anos

Vidas Secas

Um dos trabalhos inaugurais do Cinema Novo brasileiro, baseado no romance de Graciliano Ramos e dirigido por Nelson Pereira dos Santos. O filme retrata a vida de uma família marcada pela fome no sertão nordestino. A história tem como foco Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, os dois meninos e o cachorro baleia, enquanto se deslocam em busca de um trabalho que lhes permita sobreviver em meio a um contexto implacável.

Trecho do filme: https://www.youtube.com/watch?v=ENcTNLbGCSE

Carlos: Cine-retrato de um andarilho em Montevidéu

[Carlos: cine-retrato de un caminante en Montevideo]

Mario Handler, p&b, 31′, 1967, Uruguai | 12 anos

O cotidiano de um andarilho é narrado em primeira pessoa por seu protagonista, forçado a deixar o campo para ir morar em Montevidéu, no Uruguai. Em estilo poético, o documentário estabelece um contraponto entre a vida na cidade grande e a existência marginal de Carlos, enquanto ele rememora seu passado e apresenta sua filosofia.

Trecho: https://www.youtube.com/watch?v=sQtxaEoEvb0&ab_channel=ArchivodelTransporteUruguayo

Brasil Ano 2000

Walter Lima Jr., cor, 115′, 1969, Brasil | 14 anos

Ano 2000: o Brasil foi parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial. Uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade à qual dão o nome de “Me Esqueci”. No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, eles caminham para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial.

Trecho: https://www.youtube.com/watch?v=TImNMZ0eZJQ

A Terra Prometida [La Tierra Prometida]

Miguel Littin, cor, 120′, 1973, Chile | 12 anos

Filme baseado em fatos reais ocorridos no Chile nas primeiras décadas do século XX. Misturando recursos documentais e ficcionais, o longa-metragem relata as lutas camponesas no Chile, seus mitos, lendas e o estabelecimento de uma fugaz república popular.

Iracema – Uma Transa Amazônica

Jorge Bodanzky & Orlando Senna, cor, 91′, 1975, Brasil | 16 anos

Iracema é o filme pioneiro de estilo híbrido, entre ficção e documentário, que acompanha a trajetória do caminhoneiro Tião Brasil Grande pela região amazônica junto à jovem Iracema. A obra aborda o impacto causado pela construção da monumental rodovia Transamazônica nas populações ribeirinhas da selva amazônica, símbolo do ideal desenvolvimentista de nação que caracterizava aquele momento da ditadura militar brasileira.

A Dupla Jornada [La Doble Jornada/Double day]

Helena Solberg, cor, 53′, 1975, México, Argentina, Bolívia, Venezuela | 10 anos

A Dupla Jornada examina as condições da mão de obra feminina como força de trabalho na América Latina. Realizado pelo coletivo feminista estadunidense “International Women’s Film Project”, com direção da brasileira Helena Solberg, o longa registra trabalhadores de fábricas no México e Argentina e de minas de extração na Bolívia e Venezuela.

Os Vampiros da Miséria [Agarrando Pueblo]

Luis Ospina e Carlos Mayolo, p&b, 29′, 1978, Colômbia | 14 anos

Falso documentário sobre dois cineastas que viajam por regiões empobrecidas das cidades colombianas de Bogotá e Cali em busca das imagens de abjeção, necessárias para finalizar um documentário para uma TV alemã. Enquanto isso, outra câmera registra esses cineastas “vampiros” se alimentando da miséria de seus personagens marginais. Crítica mordaz ao oportunismo do cinema tipo exportação, que denuncia a pobreza nos países em desenvolvimento visando o sucesso na Europa. Realizado pelo influente diretor colombiano Luis Ospina, falecido em 2020.

Noites Paraguayas

Aloysio Raulino, cor, 90′, 1982, Brasil, Paraguai | 14 anos

Noites Paraguayas. Fotos: Divulgação

Um dos filmes de maior magnitude do cineasta e diretor de fotografia brasileiro Aloysio Raulino. O filme aborda a trajetória de imigrantes paraguaios que saem do interior do país e se dirigem a Assunção, para então chegarem a São Paulo. São trabalhadores rurais, músicos, vendedores e subempregados. A sorte que os acolhe no Brasil é variada; alguns permanecem no país, outros decidem voltar ao Paraguai e encontram um país modificado. Dois mundos paralelos: o da cultura indígena guarani e o da aventura brasileira na cidade de São Paulo.

A Nação Clandestina [La Nación Clandestina]

Jorge Sanjinés, cor, 128′, 1989, Bolívia | 12 anos

Nação Clandestina

Um obra híbrida, entre ficção e documentário, realizada de maneira colaborativa entre indígenas e não-indígenas do coletivo Ukamau, com direção do boliviano Jorge Sanjinés. Situado em um contexto de regime militar na Bolívia, o filme narra a história de um rapaz que havia sido enviado para a cidade grande a fim de adquirir educação formal, e então regressa ao seu povoado com a intenção de apoiar os indígenas que lutam por direitos trabalhistas.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=w4vX_pAy77Y&ab_channel=RetinaLatina

A Viagem [El Viaje]

Fernando Solanas, cor, 130′, 1992, Argentina | 12 anos

Longa do notório cineasta argentino Fernando Solanas, em uma incursão pelo gênero dos “road movies”. Martín, 17 anos, sai da cidade distante e fria de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, em busca do seu pai, um arqueólogo que havia abandonado a sua mãe anos atrás e prometera voltar. A tensão da vida com a sua mãe e o padrasto, o fracasso de seu noivado e o desejo de encontrar o pai, bem como de descobrir o mundo, impulsionam o jovem a começar uma jornada usando o único meio disponível: sua bicicleta.

Sonhos de Gelo [Sueños de Hielo]

Ignacio Agüero, cor, 58′, 1993, Chile | 12 anos

Sonhos de Gelo

Em 1992, a famigerada “Exposição Universal de Sevilha” foi realizada na Espanha. O Chile participou do evento, exibindo em seu pavilhão um incrível bloco de gelo trazido especialmente do mar da Antártica. E é nesses fatos verdadeiros que a fantasia do filme se baseia. Filmado a bordo de três navios em uma viagem da Antártica à Espanha, Sonhos de gelo é um documentário ensaístico do experiente cineasta Ignacio Aguero, no qual sonhos, mitos e fatos convergem rumo a uma história poética transformada em saga marítima – à maneira das lendas dos mares que povoam a mitologia do continente americano e a literatura universal.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ljjtJdxsvLc

Serras da Desordem

Andrea Tonacci, cor, 135′, 2006, Brasil | 14 anos

Obra-prima do realizador brasileiro Andrea Tonacci, falecido em 2016. Realizado em em estilo poético híbrido singular, a obra retraça a trajetória real de Carapiru, um indígena da nação awá-guajá nômade que escapou de um ataque de fazendeiros no centro-oeste, nos anos 1970. Durante dez anos, ele andou sozinho pelas serras do Brasil central até ser novamente encontrado em novembro de 1988, a 2 mil quilômetros do seu ponto de partida.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UwkjLXB4l1o&ab_channel=extremaAmaral

Pachamama

Erik Rocha, cor, 94′, 2008, Brasil, Bolívia, Peru | 10 anos

Pachamama

Título que significa para os indígenas andinos “mãe-terra” e designa a deusa agrária dos camponeses. O documentário narra a viagem do diretor Erik Rocha pela floresta brasileira em direção ao Peru e à Bolívia, onde ele encontra a realidade de povos historicamente excluídos do processo político de seus países e que pela primeira vez na história buscam uma participação efetiva na construção do seu próprio destino. É uma pequena odisséia de trinta dias pela realidade amazônica e andina, que revela um continente em ebulição, atravessado pela cultura milenar andina, que irradia pelo continente sul americano uma substância primordial na constituição de novos paradigmas políticos.

Trailer: https://vimeo.com/20301013

Tava, A Casa de Pedra

Ariel Duarte Ortega, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, cor, 78’, 2012, Brasil | 10 anos

Realizado pelos cineastas Mbya-Guarani Ariel Ortega e Patrícia Ferreira Pará Yxapy e o coletivo Vídeo nas Aldeias, o documentário investiga a história das reduções jesuíticas e a guerra guaranítica do século XVII nos territórios do Brasil, Paraguai e Argentina, tendo como foco a memória, o mito e a história Mbya-Guarani.

Trecho: https://www.youtube.com/watch?v=-qIgTQhIaZM&ab_channel=VideonasAldeias

Zama

Lucrecia Martel, cor, 115′, 2017, Argentina | 14 anos

Primeira ficção de época de Lucrecia Martel, uma das principais realizadoras da nova geração de cineastas da Argentina. No fim do século XVIII, Don Diego de Zama é um oficial da Coroa Espanhola que deseja partir para Buenos Aires. Ele se junta a um grupo de soldados a fim de caçar um perigoso bandido e explorar terras distantes habitadas por indígenas considerados selvagens.

Trecho: https://www.youtube.com/watch?v=dHEvtWGBpsQ&ab_channel=Vin%C3%ADciusFernandes

NoirBlue – Deslocamentos de uma Dança

Ana Pi, cor, 27’, 2018, Brasil | Livre

Em diferentes países do continente africano, a brasileira Ana Pi se reconecta às suas origens através do gesto coreográfico, engajando-se num experimento espaço-temporal que une o movimento tradicional ao contemporâneo. Neste filme ensaio que simula uma dança de fertilidade e de cura, a pele negra sob o véu azul se integra ao espaço, reencenando formas e cores que evocam a ancestralidade, o pertencimento, a resistência e o sentimento de liberdade.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=KtjCOnY3rEk&ab_channel=AnaPi

As Filhas do Fogo [Las Hijas del Fuego]

Albertina Carri, cor, 115’, 2018, Argentina | 18 anos

Três mulheres começam uma jornada poliamorosa lésbica em busca de prazer sexual, diversão e novas formas de relacionamento. Através de suas anotações, Violeta nos conta sobre as aventuras das Filhas do Fogo: um grupo de mulheres em busca de seu próprio erotismo.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=qaVTaDoxRiM&t=27s&ab_channel=FilmfestHamburg

(Outros) Fundamentos

Aline Motta, cor, 16’, 2019, Brasil | 10 anos

Parte da trilogia que a artista visual Aline Motta iniciou com “Pontes sobre Abismos”. Com imagens captadas em Lagos/Nigéria, Cachoeira/BA e Rio de Janeiro/RJ, o filme mostra as consequências da jornada empreendida pela artista em busca das suas raízes. Com isso, ela procura restabelecer laços com seus ancestrais comuns através das águas e pontes que conectam as três cidades, imaginando uma possível comunicação por espelhos que refletiriam a mesma luz dos dois lados do Atlântico.

Teaser: https://vimeo.com/265601062

Serviço
Mostra El Camino – Cinema de Viagem da América do Sul

31 de maio a 19 de junho 2023

Programação gratuita

Ingressos: disponíveis na bilheteria física e no site bb.com.br/cultura

Classificação indicativa: consultar programação

Email: mostraelcamino@gmail.com

Site: www.anacoluto.art/elcamino

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro, RJ
Tel: (21) 3808-2020

Redes sociais CCBB Rio de Janeiro

Instagram: @ccbbrj

Facebook: ccbb.rj

Twitter: @ccbb_rj

Programação diária da Mostra El Camino

Quarta 31/05

18h30 [Abertura] Os Inundados (87′, Fernando Birri, 1961, Argentina) | 10 anos

*Com apresentação da curadoria por Leonardo Amaral

Quinta 01/06

18h15 Serras da Desordem (135′, Andrea Tonacci, 2006, Brasil) | 14 anos

Projeção em 35 mm

Sexta 02/06

18h A Dupla Jornada (53’, Helena Solberg, 1975, Arg/Bol/Mex//Ven)

(Outros) Fundamentos (16’, Aline Motta, 2019, Brasil)

NoirBlue – Deslocamentos de uma dança (27’, Ana Pi, 2018, Brasil) | 12 anos

*Seguido de debate com cineasta e pesquisadora Milena Manfredini

Sábado 03/06

15h Brasil Ano 2000 (95′, Walter Lima Jr., 1969, Brasil) | 14 anos

*Sessão apresentada pelo diretor

18h A Viagem (136′, Fernando Solanas, 1992, Argentina) | 12 anos

Domingo 04/06

15h Vidas Secas (115’, Nelson Pereira dos Santos, 1963, Brasil) | 10 anos

18h Carlos: Cine-retrato de um andarilho em Montevidéu (31′, Mario Handler, 1967, Uruguai)

Os vampiros da miséria (29′, Luis Ospina, Carlos Mayolo, 1978, Colômbia) | 14 anos

Segunda 05/06

18h Iracema – Uma Transa Amazônica (Jorge Bodanzky, Orlando Senna, 91′, 1975, Brasil) | 16 anos

Quarta 07/06

17h30 A Nação Clandestina (128′, Jorge Sanjinés, 1989, Bolívia) | 12 anos

Quinta 08/06

13h30 Oficina com Fabián Núñez (projeção de filmes)

17h40 Noites Paraguayas (90′, Aloysio Raulino, 1982, Brasil/Paraguai) | 14 anos

Sexta 09/06

18h A Terra Prometida (120′, Miguel Littin, 1973, Chile) | 12 anos

Sábado 10/06

15h20 Pachamama (94′, Erik Rocha, 2008, Brasil/Bolívia/Peru) | 10 anos

17h50 Zama (115′, Lucrecia Martel, 2017, Argentina) | 14 anos

Domingo 11/06

15h Tava, a casa de pedra (78’, Ariel Duarte Ortega, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 2012, Brasil) | 10 anos

17h30 Os Vampiros da Miséria (29′, Luis Ospina, Carlos Mayolo, 1978, Colômbia)

Sonhos de Gelo (58′, Ignacio Agüero, 1993, Chile) | 14 anos

Segunda 12/06

18h20 As Filhas do Fogo (115’, Albertina Carri, 2019, Argentina) | 18 anos

Quarta 14/06

18h (Outros) Fundamentos (16’, Aline Motta, 2019, Brasil)

NoirBlue – Deslocamentos de uma dança (27’, Ana Pi, 2018, Brasil)

A Dupla Jornada (53’, Helena Solberg, 1975, Arg/Bol/Mex//Ven) | 12 anos

[Acessibilidade: legendas descritivas]

Quinta 15/06

18h A Terra Prometida (120′, Miguel Littin, 1973, Chile) | 12 anos

Sexta 16/06

18h A Viagem (136′, Fernando Solanas, 1992, Argentina) | 12 anos

Sábado 17/06

15h Noites Paraguayas (90′, Aloysio Raulino, 1982, Brasil/Paraguai) | 14 anos

17h30 A Nação Clandestina (128′, Jorge Sanjinés, 1989, Bolívia) | 12 anos

Domingo 18/06

15h Os Inundados (87′, Fernando Birri, 1961, Argentina) | 10 anos

17h30 Iracema – Uma Transa Amazônica (Jorge Bodanzky, Orlando Senna, 91′, 1975, Brasil) | 16 anos

Segunda 19/06

17h30 Vidas Secas (115’, Nelson Pereira dos Santos, 1963, Brasil) | 10 anos

Atividades Paralelas

Sexta-feira 02/06 – 18h

Debate com a pesquisadora e cineasta Milena Manfredini após exibição de “(Outros) Fragmentos” e “NoirBlue” | Livre

[Acessibilidade: LIBRAS]

Sábado 03/06 – 15h

Apresentação de Brasil Ano 2000 pelo diretor Walter Lima Jr.

Quinta-feira 08/06 – 13h30 às 17h

Oficina “O “filme de estrada” no cinema sul-americano, com prof. Fábian Núñez | Livre

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