O Centro de Cuenca, no Equador, possui centenas de edifícios históricos, obras de arte, vestígios arqueológicos e manifestações culturais que compõem a identidade de seu povo. Por isso, a cidade possui duas declarações patrimoniais, a primeira delas como patrimônio cultural do Equador, emitida em 1982. E desde 1999, Cuenca é patrimônio cultural da humanidade, pela Unesco. Conheça um pouco da cidade a seguir:
Nome da cidade: Santa Ana de los Ríos de Cuenca
Província: Azuay
Data de fundação: 12 de abril de 1557
Declaração do patrimônio nacional: 29 de março de 1982
Declaração do patrimônio mundial: 1 de dezembro de 1999
Valor histórico e testemunhal em Cuenca
Em Cuenca, você vai encontrar a presença de culturas pré-hispânicas e do povo Kañari no vale de Tomebamba, a autenticidade e exclusividade em monumentos arquitetônicos coloniais e republicanos. O valor histórico e artístico como conjunto urbano e paisagístico que deve ser preservado para que tenha uma função social.
A área histórica declarada como patrimônio cultural da Nação tem 213 edifícios inventariados. Tem a presença da Unidade Ferroviária Nacional, a riqueza de sua arte colonial, a arte moderna e contemporânea, a praça Central Park, Calderón Park, a Sé Nova com a sua cúpula azul e a Sé Velha do século XVI, hoje um museu religioso.
Centro histórico original, de 1557
A Unesco reconheceu Cuenca entre as cidades do patrimônio cultural da humanidade, entre outros critérios a serem conservados, pela grade original do Centro Histórico, desde sua fundação em 1557. E os costumes de seu povo, sobretudo, a religiosidade popular. El Pase del Niño se destaca como patrimônio imaterial. A gastronomia e o jeito de ser de Cuenca, entre outros aspectos, são características que ajudaram na obtenção do título.
O Centro Histórico não sofreu alterações na sua malha urbana original; durante 400 anos a cidade se desenvolveu seguindo as principais características da “grade” fundacional. Mantém um parque arqueológico onde se encontram os vestígios da organização espacial pré-hispânica da cidade inca de Tomebamba. Essa cidade era a segunda em importância no Tahuantinsuyo, que por sua magnificência chegou a competir com Cusco, capital do império. Desde o início, esteve intimamente ligada ao rio que foi a grande vivificação das três cidades, a Cañarí, a Inca e a Espanhola.
Patrimônio cultural da humanidade com muita arte
A arquitetura afrancesada de Cuenca, produzida no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, contribui para o desenvolvimento artístico da capital azuaya. Além disso, os bairros populares, desde a Colônia, vinham produzindo artes populares. Entre elas, cerâmica, forja de ferro, marcenaria, joalheria, tecelagem de chapéus de palha toquilla, bordados e selaria. Assim, as Herrerías, La Convencion del 45, Av. Loja, calle Rafael María Arizaga, são testemunhas de uma permanente obra artesanal na qual os operários e artistas deixaram sua marca pessoal.
FONTE: Cuenca Patrimonial. Livro comemorativo do 10º aniversário da declaração do Centro Histórico de Santa Ana de los Ríos de Cuenca como “Patrimônio Cultural da Humanidade”, ano 2010.
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