Um Chardonnay delicioso que vem do deserto

Chardonnay do deserto

Na sexta-feira (23), a Cantu Importadora encerrou, em Curitiba, o seu Meeting Cantu, evento que já tinha passado por outras capitais brasileiras e que apresenta as novidades das vinícolas que ela representa no Brasil. E nesse encontro, no Hotel Mercure Rayon, eu tive o prazer de experimentar o Tara Chardonnay da vinícola chilena Ventisquero, um vinho produzido com uvas colhidas em pleno deserto do Atacama. Uma preciosidade que conseguiu se destacar mesmo entre os grandes vinhos franceses, portugueses, espanhóis italianos servidos no evento.

O Tara Chardonnay é um dos vinhos da Ventisquero produzido em condições extremas. A vinícola produz também no Atacama os rótulos Tara Viognier, Syrah e Pinot Noir. É uma linha de vinhos extremos, que a vinícola classifica como um desafio tão complexo quanto a geografia de onde se originam. O Tara Chardonnay é um vinho bem natural, sem filtragem, com uma cor amarelo-claro levemente turvo. O sabor do desconhecido, como diz o site da Ventisquero, se revela muito fresco, mineral e frutado, um pouco mais ácido que os Chardonnay convencionais, mas muito marcante. Este vinho estagiou em inox durante 15 meses.

A história desse vinho começou em 2008, quando a Vinícola Ventisquero plantou suas primeiras vinhas no Vale do Huasco, no meio do Deserto do Atacama. Nesse mesmo ano, a Ventisquero começou a cultivar vinhas em uma nova propriedade na costa do Vale de Leyda. Foi um aprendizado para todos os envolvidos. As condições do solo e do clima eram muito diferentes das outras regiões vinícolas do Chile onde a Ventisquero tem produção, como os Vales do Colchágua, Maipo, Casablanca e Leyda.

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O Meeting Cantu

O evento da Cantu trouxe cinco painéis sobre os vinhos trazidos pela empresa ao Brasil. Em cada um dos painéis, foram feitas degustações de vinhos produzidos nas vinícolas que participavam do painel. O primeiro deles debateu “Uma proposta inovadora como critério de diferenciação do produto”, com a participação de representantes dos grupos Casella (Austrália) e Trinchero (Estados Unidos). Em seguida, “A solidez de marcas geridas por gigantes da indústria do vinho”, com debatedores da Felix Solis (Espanha) e Codici (Itália).

Foto: Martha Feldens

O painel “Grandes marcas aproximando seus clientes a diversos terroirs”, trouxe a participação de debatedores da Casa Santos Lima (Portugal) e da Calvet (França). Em “Novos Desafios vitivinícolas” participaram a Vinha Ventisquero (Chile), Ramón Bilbao (Espanha) e Casa Relvas (Portugal). Encerrando o evento, o painel “Estudo e compreensão do terroir para a produção de vinhos de excelência” foi liderado pelas vinícolas Susana Balbo (Argentina), Torres (Espanha) e Albert Bichot (França).

Foto principal: Vinha Ventisquero/site oficial

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