Depois da Matervini, o Malbec nunca mais será o mesmo

Malbec de Matervini

Na produção de um Malbec comum, uma videira normalmente gera frutos para três garrafas de vinho. Para um Malbec de qualidade, usam-se os frutos de uma videira para uma única garrafa. Mas para os Malbecs da Matervini, usam-se os frutos de três videiras para uma única garrafa de vinho.

Assim começa a verdadeira aula de produção de vinho de Nicolás Gimenez, da área de hospitalidade e vendas diretas da vinícola Matervini, em Luján de Cuyo. Ele explica que em janeiro as vinhas passam por um processo de rigoroso raleio das frutas. Ficam só as melhores, à espera da colheita a partir de fevereiro.

Videiras malbec na Matervini
A vinha em junho de 2022. Foto: Eduardo Sganzerla

Como resultado, vinhos com sabor muito peculiar e marcante. Deliciosos e macios até mesmo para quem, como eu, nunca se sentiu muito confortável com os varietais da uva referência da produção argentina de vinhos.

Confesso que quando a agência que atendeu a mim a um grupo de amigos, a Suntrip – Mendoza e você – colocou a Matervini no nosso roteiro, fiquei apreensiva. Não conhecia nada dela, uma vinícola que só produz vinhos Malbec. Mas aí, o inesperado: mudei minha percepção e meu paladar para o Malbec. E agradeço à agência pela inclusão da vinícola na programação.

Um projeto de dois grandes nomes do vinho

Os idealizadores da bodega
Santiago Achaval e Roberto Cipresso. Foto: Divulgação Matervini

Dois grandes nomes do mundo do vinho se uniram para criar a Matervini em 2008. Santiago Achával, da aclamada vinícola Achaval Ferrer, também em Lujan de Cuyo, juntou-se ao italiano Roberto Cipresso, que trazia consigo o conhecimento de quem produz Brunelo em Montalcino, na Itália.

Assim, dessa experiência toda nasceu a Matervini. Como eles próprios dizem no site da bodega: “O que vem depois do Malbec? Mais Malbec!”. Na prática, veio a apuração do Malbec, um vinho ainda mais refinado e surpreendente.

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Matervini, o sonho da Pré-Cordilheira

Achaval e Cipresso quiseram para a Matervini apenas vinhos de alta gama. Não tem intermediários para sua produção tão restrita. Todas as garrafas são vendidas pela própria vinícola, no local ou por encomenda.

E tudo lá é sustentável. Placas fotovoltaicas no teto garantem a energia necessária para a produção e a bela área de visitação em que são recebidos os turistas e compradores. Além disso, embora não tenha a certificação de produção orgânica, a Matervini é na prática uma vinícola orgânica.

Os vinhos, como comprar e seu preços

Provamos as delícias da Matervini no começo de junho/2022. Valle de Canota, o vinho de entrada, estava custando cerca de R$ 200 na bodega. Valle Calchaquíes, um pouco mais, R$ 225. O Finca e o Alteza saíam por R$ 300; e o Piedras Viejas, a joia da coroa, que também provamos e amamos, estava custando R$ 500.

A bodega tem uma confraria, com beneficíos aos seus associados, e vale para brasileiros. Os confrades podem escolher rótulos de montar uma caixa mista de vinhos; tem prazo menor para a entrega das encomendas; têm 10% desconto numa segunda remessa; e ainda uma bonificação na degustação em sua próxima visita à vinícola. Quer saber mais? Envie e-mail para turismo@matervini.com.

Foto principal: Divulgação Matervini

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