Por meio de uma variada agenda de manifestações artísticas, o Paraguai comemora a Semana da Guarânia, em sua segunda edição. O evento começou domingo, 23, e vai até domingo, 30 de agosto. Na programação, eventos musicais e teatrais, além de palestras com professores, pesquisadores e artistas. E os espectadores já podem “cantar guarânias e de amor falar em guarani”.
Todas as manifestações artísticas acontecem em formato virtual, devido à pandemia de Covid-19. Concertos de guarânias sinfônicas e populares serão apresentados por grupos reconhecidos. Entre eles, a Orquestra Sinfônica Uninorte, a Sinfônica Nacional, a Orquestra Sinfônica da cidade de Assunção (OSCA), a Orquestra Sinfônica do Congresso Nacional (OSIC) e a Sinfônica do Police Band. Além disso, haverá recitais de grupos como A Puro Canto e o Vocal Dos com a orquestra Luís Alvarez.
No que se refere às peças cênicas, a programação tem as obras ‘Flores del yuyal’, de Javier Viveros, e a mostra solo ‘El pan y la guarania’, de Mario Casartelli. Todos esses programas estão na grade para transmissão pela TV Paraguai e por meio da fanpage da Secretaria Nacional de Cultura (SNC) no Facebook a partir das 21h.
Palestras virtuais
Além disso, na programação acontecerão palestras e conversas sobre a guarânia e sua relação com o bilinguismo; Agustín Barrios e José Asunción Flores; notas da academia sobre ritmo e forma da guarânia. Diálogos com José Antonio Galeano e pesquisadores e professores como Asunción Cantero, Luz María Bobadilla, Tania Ramos, Antonio V. Pecci e Alcibiades González Delvalle.
Essa série de eventos acontece em torno do Dia da Guarânia, em 27 de agosto. A data é comemorada, coincidindo com o nascimento de seu criador, o professor José Asunción Flores.
A Semana da Guarânia é apresentada pela Secretaria Nacional da Cultura, a Direcção de Cultura e Turismo do Município de Assunção, a Atena Cultural José Asunción Flores e a Sociedade Cultural A Puro Canto.
O gênero musical “Guarânia” é declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Paraguai. Esse gênero, com seu ritmo lento e alguma melancolia, acabou tendo grande influência sobre a música sertaneja de raiz brasileira. Como na canção Canto Paraguaio, de Ewaldo Gouvea, cujo refrão diz:
“Ai quem me dera nesta hora estar,
No lago azul de Ipacaraí,
Cantar guarânias e de amor falar em guarani.
Ai quem me dera nesta hora estar,
No lago azul de Ipacaraí