As bodegas de Mendoza em bom português

Bodegas em bom português

Para quem visitou vinícolas de Mendoza anos atrás, não deixa de ser uma bela surpresa ver agora o esforço que todo o pessoal envolvido no turismo do vinho faz para atender bem especialmente o público brasileiro. Guias de turismo, atendentes na área de vendas das bodegas, garçons nos restaurantes e até motoristas de vans e remises arriscam o português antes tão difícil de encontrar na Argentina. Esqueça seu portunhol. Agora, o esforço para se comunicar com a gente parte deles.

E não é para menos. Os turistas brasileiros representam um terço dos visitantes estrangeiros às vinícolas argentinas, segundo dados de 2019, ano anterior à pandemia. E nesta retomada das viagens turísticas, mais do que nunca, os brasileiros são a grande esperança dos hotéis, restaurantes e bodegas da capital do vinho argentino. Esta semana, é esperado o primeiro voo direto de São Paulo a Mendoza. Com ele, a expectativa de chegada de turistas que não têm medo de gastar com visitas e degustações, além de verdadeiros banquetes harmonizados com vinho.

Leia também: O poder da marca Casillero del Diablo

Minha experiência nas bodegas de Mendoza, ouvindo português

Entre os dias 2 e 7 de junho, eu estive em Mendoza com um grupo de amigos. Fui a seis bodegas – quatro para visita e degustação e duas para almoço harmonizado. Em algumas mais que em outras, tem sempre alguém que tenta falar, já fala ou está estudando português para atender melhor ao turista brasileiro. Não vi isso em 2015, quando estive na região pela primeira vez.

Falando português nas bodegas de Mendoza
Milagros Vargas. Foto: Reprodução Linkedin

Na Bodega Budeguer, em Lujan de Cuyo, a guia Milagros Vargas fez questão de explicar o processo de produção e também a experiência da degustação em bom português, língua que estuda já há alguns meses. Na Zuccardi Piedra Infinita, no Valle de Uco, os rapazes da recepção falam bem a nossa língua e já conseguem até esconder o sotaque. No restaurante da La Azul, também no Valle de Uco, a simpatia vem junto com o esforço para atender no idioma dos visitantes. E, claro, a maioria dos sites na internet já tem a versão em português.

Falar em português
Restó da Bodega La Azul. Foto: site oficial da vinícola

Nos próximos dias vou escrever aqui sobre cada uma das vinícolas que visitei: Andeluna, Zuccardi Piedra Infinita, La Azul, Matervini, Budeguer e Suzana Balbo. Além de excelentes vinhos, provei também a simpatia e o excelente atendimento que é dado ao turista brasileiro na região. Vale a pena visitar.

Foto principal: Bodega Zuccardi Piedra Infinita/Crédito: site oficial da vinícola

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *