A Vinícola Almadén nasceu na Califórnia, nos Estados Unidos, em 1852, mas suas raízes no Brasil estão cada vez mais profundas em Santana do Livramento. Vinícola da Miolo Wine Group celebra 50 anos no Brasil. Desde sua fundação em 1973, sendo 14 deles como uma das unidades da Miolo Wine Group, que aposta no terroir da Campanha Central e brinda o cinquentenário juntamente com a inauguração do Trem do Pampa.
Na última década, a marca passou por uma grande transformação, reformulando produtos e modernizando embalagens, além de inaugurar o Complexo Enoturístico Almadén. Dos 1.200 hectares da propriedade, 450 têm vinhedos próprios em espaldeira. São 25 castas, de onde surgem 13 vinhos (sete tintos, cinco brancos e um rosé). Também é de lá o Miolo Vinhas Velhas Tannat, ícone da unidade que faz parte da Coleção dos Sete Lendários.
Pioneira na tecnologia de aço inox e controle de temperatura na fermentação, com uma capacidade total de estocagem de 8,5 milhões de litros, a Almadén tem mapeado todos os seus vinhedos. São 138 parcelas, das quais 111 estão em produção. Destas, a empresa preserva a história de 150 hectares com vinhas de mais de 45 anos (vinhas velhas). A vinícola foi a primeira da América Latina a introduzir a prensagem pneumática contínua. Este pioneirismo foi seguido pela Miolo Wine Group ao implantar no local a primeira colheita mecânica no Brasil, em 2011.
Com 100 dias de sol no Verão, a região já era considerada uma das melhores do mundo para a vitivinicultura ainda em 1973, quando a Almadén investiu no local, sendo a primeira vinícola a se instalar em Santana do Livramento. Com o mesmo entendimento e acreditando no potencial do terroir, a Miolo não apenas deu continuidade como também apostou no projeto que veio completar o grupo, unindo-se às unidades do Vale dos Vinhedos (Miolo), de Candiota (Seival) e do Vale do São Francisco (Terranova).
De 2009 para cá, grandes investimentos foram feitos na renovação e manejo dos vinhedos. Anualmente, durante a safra de pouco mais de dois meses, são produzidos aproximadamente 4,3 milhões de quilos de uvas, uma operação que envolve mais de 400 pessoas. Além de variedades mais conhecidas como as tintas Cabernet Sauvignon e Merlot e as brancas Chardonnay e Sauvignon Blanc, a Almadén mantém um amplo trabalho de pesquisa com o terroir que tem permitido cultivar 25 diferentes castas, apostando em uvas menos conhecidas como as tintas Alicante Bouschet, Arinarnoa, Marselan, Petit Verdot e Tempranillo e a branca Sémillon, por exemplo.
As práticas vitivinícolas inovadoras da Almadén no Brasil marcaram época, muito influenciadas pelos ensinamentos do agrônomo, enólogo, professor, político, escritor e cientista ítalo-brasileiro, Celeste Gobbato. O autor do Manual do Vitivinicultor Brasileiro, considerado a ‘Bíblia’ do vinho na década de 1970, fincou raízes no Brasil, considerado o grande pioneiro da vitivinicultura moderna no país. O ponto alto do seu estudo foi o mapeamento da Campanha Gaúcha como região vitivinícola do Novo Mundo, indo ao encontro das pesquisas desenvolvidas pela Universidade de Davis e da própria Almadén Califórnia, que delimitaram o local para a implantação da vinícola no Brasil. O que Gobatto já sabia e pregava naquela época ganhou ainda mais ênfase com a delimitação da Indicação de Procedência (IP) Campanha Gaúcha.
LINHA DO TEMPO ALMADÉN NO BRASIL
Década de 1970 – Início dos trabalhos na região de Santana do Livramento, quando se apostou no grandioso projeto de produção de vinhos finos no Brasil.
1973 – Fundação da Vinícola Almadén no Brasil.
1980 – Construção da adega.
1982 – Primeira safra.
1984 – Lançamento da marca.
1986 – Marca assume a liderança no mercado.
1993 – Lançamento no mercado brasileiro dos primeiros varietais finos com a marca Almadén.
2002 – Pernod Ricard adquire marca Almadén.
2005 – Comemoração dos 30 anos da marca.
2009 – Miolo adquire marca Almadén fazendo reformulação de vinhedos e rótulos e apresentação dos produtos
2011 – Introdução da colheita mecânica, pioneira no país
2021 – Conquista da IP Campanha Gaúcha
2022 – Inauguração do Complexo Enoturístico Almadén com a implantação do primeiro Free Shop de vinhos do Brasil em uma vinícola
2023 – 50 anos da Almadén no Brasil – Lançamento do Roteiro Expedição Lendária com parada em paleotoca de 200 mil anos
2024 – Inauguração do Trem do Pampa com visitação na Vinícola Almadén
Trem do Pampa impulsiona turismo na região
A Campanha Gaúcha é historicamente conhecida pelo seu tradicionalismo, pela forte agropecuária e, mais recentemente, pelo enoturismo. Como a segunda maior região produtora de vinhos finos do país e ostentando Indicação de Procedência, o destino brinda a chegada de um novo e importante investimento. É o Trem do Pampa, que sai da Estação de Santana do Livramento com parada na Estação de Palomas, totalizando 20 km. A novidade promete agitar o turismo do vinho, que avança no local. Operado pela Giordani Turismo, o trem tem atrações artístico-culturais e degustação de vinhos a bordo dos vagões, além de parada para visitação e degustação na Vinícola Almadén, uma das unidades da Miolo Wine Group. O passeio tem 3h de duração, sendo 1h10min no trem, com saídas aos sábados.
O passeio, aberto ao público a partir de 20 de julho, é realizado por uma locomotiva e dois vagões batizados com os nomes de Tannat e Cabernet, castas emblemáticas da região. A proposta promete aguçar os sentidos dos turistas com apresentações artísticas dentro dos vagões, além de parada na vinícola para visitação e degustação de vinhos e espumantes Almadén, elaborados com uvas viníferas cultivadas nos vinhedos mais antigos do Brasil. Dos 1.200 hectares da propriedade, 450 têm vinhedos próprios em espaldeira, todos mapeados. São 138 parcelas, das quais 111 estão em produção. Destas, a empresa preserva a história de 150 hectares com vinhas de quase 45 anos. Das 25 castas hoje cultivadas, surgem 13 vinhos (sete tintos, cinco brancos e um rosé). Também é de lá o Miolo Single Vineyard Cabernet Franc com IP Campanha Gaúcha e o Miolo Vinhas Velhas Tannat, ícone da unidade – um dos Sete Lendários da Miolo. Anualmente, durante a safra de pouco mais de dois meses, são produzidos aproximadamente 4,3 milhões de quilos de uvas, uma operação que gera mais de 400 empregos.
De Bento Gonçalves para Santana do Livramento, a Giordani Turismo emprega toda sua expertise neste tipo de operação. Com 28 anos de experiência no ramo, operando a Maria Fumaça – o Trem do Vinho -, que sai de Bento Gonçalves, passando por Garibaldi e Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, num trajeto de 23 km entre vales e montanhas, a empresa acelera e estaciona na Campanha Gaúcha como grande parceiro de fomento ao turismo local. Nos trilhos do desenvolvimento, a região deverá ganhar velocidade no setor, atraindo a atenção dos visitantes que buscam novas experiências em torno da cultura regional e do vinho.
O Trem do Pampa opera com um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Marcopolo Rail, garantindo conforto e segurança para até 100 passageiros por viagem, com eficiência e respeito ao meio ambiente. Os ingressos estão à venda por R$ 135, incluindo viagem de ida e volta, degustação a bordo e visita à Vinícola Almadén. A aquisição pode ser feita na Estação de Santana do Livramento ou no site www.tremdopampars.com.br. Crianças até 5 anos viajam gratuitamente no colo e moradores de Santana do Livramento e Rivera têm desconto de 50% no primeiro ano de operação. A atração tem autorização da ANTT.
SERVIÇO
O que? Trem do Pampa
Onde? Santana do Livramento
Quando? Aos sábados
Valor: R$ 135 por pessoa (Crianças até 5 anos, no colo, não pagam. Moradores de Santana do Livramento e Rivera têm desconto de 50% no primeiro ano de operação)
Pontos de venda: Estação de Santana do Livramento (Rua Tenente Aníbal Benévolo, 198 – Centro), Central de Vendas (54) 3965.0088 ou no site www.tremdopampars.com.br
O que está incluso? Passeio no Trem do Pampa, apresentações artístico-culturais, degustação de vinho a bordo do trem, visita e degustação na Vinícola Almadén, transfer rodoviário entre a Estação Santana do Livramento e a de Palomas, visita ao primeiro free shop de vinhos brasileiros da Miolo Wine Group.