Vinícola Carmen celebra 30 anos do redescobrimento da Carménère

Vinícola Carmen Carmenere Carménère

Em novembro, o mundo do vinho irá celebrar 30 anos da redescoberta da uva Carménère e para marcar a data, a vinícola Carmen, primeira vinícola do Chile e local onde a variedade foi redescoberta, irá realizar um evento especial no dia 21 de novembro, com a presença do ampelógrafo francês Jean Michel Boursiquot e o lançamento do documentário “The Lost Grape”, produtora norte-americana Sunn Stream, que conta este marco do universo vitivinícola. As informações são da assessoria de imprensa da vinícola.

De origem francesa, da região de Bordeaux, a uva carménère nasce do cruzamento natural entre as uvas Cabernet Franc e Gros Cabernet. Conhecida também por Grosse Vidure ou Grand Vidure (França), Cabernet Gernicht (China) e Bordo (Itália), o nome faz referência a cor carmim, específica deste tipo de uva.

Para a história da carménère, a vinícola Carmen, do Grupo Santa Rita Estates, tem e teve um papel importante não somente na sua revitalização, mas também em seu reconhecimento. Por volta de 1870, uma praga fatal para as videiras (filoxera) devastou vinhedos inteiros na França e a carménère foi dada como extinta no mundo. Passados mais de 100 anos, eis que ela ressurge do outro lado do Oceano Atlântico, no Chile.

Foi uma descoberta feita por acidente. Em 1994, Jean Michel Boursiquot estava caminhando por vinhedos de Merlot, da vinícola Carmen, quando se deparou com uma videira diferente e que tinha um tempo de cultivo um pouco mais longo. Depois de ter sido investigada, constatou-se que se tratava da carménère. A partir disso, os vinhedos de merlot e carménère foram separados e a carménère tornou-se a uva emblemática chilena. Acredita-se que ela tenha sido trazida por imigrantes franceses e plantada junto com a uva merlot.

A redescoberta do Carménère no Chile representa um marco significativo na história do vinho. “Durante estes 30 anos, adquirimos um conhecimento profundo desta variedade. Carménère é exigente quanto às condições do local para atingir a qualidade desejada. As novas plantações foram feitas nos locais certos, aprendemos sobre o manejo verde e a época da colheita, que é fundamental para obter boa qualidade. O Vale do Apalta se posicionou como uma das melhores regiões vinícolas do Chile e do mundo para a produção de Carménère. Este vale apresenta solos de origem granítica e um clima quente que favorece uma óptima maturação da casta. Com anos de experiência e sendo o nosso país o maior produtor mundial desta variedade, podemos afirmar que estamos criando Carménère com caráter e identidade, elementos que se tornaram parte do DNA do vinho chileno”, ressalta Ana Maria Cumsile, enóloga chefe da vinícola Carmen.

A história da uva perdida que foi encontrada é tão marcante, que ela ganhou até uma data especial chamada de “Carménère Day”, no dia 24 de novembro. Neste ano, será comemorado os 30 anos de sua redescoberta.

A diversidade dos vinhos produzidos a partir da uva carménère é uma das principais características da bebida. Embora todos os vinhos tintos compartilhem da mesma origem, suas características podem variar consideravelmente dependendo do rótulo, local de plantio e do método de vinificação. Fatores como localização dos vinhedos, clima, geografia e o uso das barricas de carvalho ou não influenciam no sabor de cada bebida, oferecendo uma experiência única a cada garrafa.

Para Anita Cumsile, enóloga chefe da vinícola Carmen, o futuro da Carménère é promissor tanto na versão pura como nos blends.

“Já vimos excelentes exemplos de ambos. A Carménère 100% continuará a ser uma referência da viticultura chilena, destacando-se pelo seu caráter único. No entanto, o blend com outras castas, como Cabernet Sauvignon, Syrah ou Merlot, já se revelou uma estratégia de sucesso para a criação de vinhos complexos e equilibrados. Estas combinações permitem-nos explorar novas dimensões e nuances, oferecendo aos consumidores uma experiência mais rica e diversificada. Um exemplo é Carmen Delanz Carmenere Apalta, um vinho profundo e expressivo que vem de um vinhedo de sequeiro com quase 100 anos de idade no Vale do Apalta, onde a vinícola selecionou as melhores parcelas para produzir este vinho”, finaliza.

Carmen é a primeira vinícola do Chile e uma das vinícolas mais importantes da história da viticultura chilena. A vinícola é reconhecida por promover o desenvolvimento de vinhos diferentes, únicos e premiados, que a levaram a ser posicionar como uma das vinícolas mais inovadoras do Chile, com projetos que tem surpreendido consumidores e críticos. Entre eles está a linha Carmen DO e o ícone Carmen Gold, que recentemente foi eleito um dos melhores vinhos tintos do ano com sua safra 2020, por Tim Atkin e, indicado entre os 12 melhores Cabernet Sauvignon do mundo, pela revista britânica Drink Business.

Foto: Divulgação

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