Vai a Buenos Aires? Veja a exposição Acrília, no Centro Cultural Borges

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Para quem está com viagem marcada a Buenos Aires antes de 13 de agosto, uma dica imperdível: a exposição “Acrília”, no Centro Cultural Borges, um espaço dedicado à arte e cultura em homenagem ao grande escritor Jorge Luis Borges, que fica no coração do centro portenho. 

Com um fascinante olhar sobre uma civilização extinta e suas espécies, a partir de uma história que foca seu olhar no cuidado com os seres vivos e com o meio ambiente, a exposição “Acrilia”, da artista e arquiteta Ana Rascovsky, fica à disposição do público 18 de maio a 13 de agosto no Centro Cultural, na rua Viamonte 524. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina Télam.

São quase cinquenta obras de Rascovsky que possibilitam “novas leituras”  sobre a obra de Borges: instalações expostas em mesas e paredes, agrupadas em maquetes, feitas em acrílico recortado a laser que formam cenas a partir de uma fábula criada pelo artista, uma narração que funciona como um fio condutor e convida a ser explorado no passeio pela sala.

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Entrada gratuita para a exposição Acrílica, no Centro Cultural Borges

Com curadoria de Máximo Jacoby, musicalização de Gonzalo Córdoba e iluminação de Arturo Peruzzotti e Freddy Gotlib, “Acrilia” pode ser visitada, com entrada gratuita, de quarta a domingo, das 14h às 20h, na sala de exposições temporárias da o segundo andar do centro cultural. 

“Acrilia” é composta por cenas mágicas e sombrias como “Floresta Encantada”, “Névoa”, “Migrações”, “Inundação”, “Circo”, “Zoo”, “Parque de Diversões”, “Armadilha” e “Festa de Cogumelos”, onde pequenos e minuciosos personagens de fábulas serão apresentados aos visitantes de forma inusitada.

A exposição percorre a história da civilização fictícia dos “Acrilii” (animais complexos) incluindo suas histórias, personagens, crenças, sons e detalhes que compuseram sua cultura e se completa com o site acrilia.net onde documentação e outros materiais podem ser consultados da história civilizacional.

A exposição busca expor os achados da expedição imaginária Ataraxia, liderada pela eminente médica Lina Schultz, em cavernas remotas do norte da Venezuela e os exemplares de Acrilia, representantes dos “últimos descendentes de uma civilização extinta que se desenvolveu na região entre os anos 2000 e 2020: Acrilia”.

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Foto: Divulgação

Sobras de acrílicos são usadas nas obras

“A vida na Floresta Maravilhosa era feliz. Meninos, meninas, Monona, Totono, Aleca, raposas, coelhos, anões da floresta e gatos brincavam juntos com a Dama da Noite, a Princesa das Árvores, o Rei dos Pinheiros, o Duque do Tornado e outros espíritos da floresta. Todos os dias eram como domingos “até que apareceu uma substância que obrigou todos a ficar dentro de casa enquanto outras forças vinham à tona”, diz o texto da exposição.

As obras são feitas com sobras e acrílicos descartados que a empresa Paolini cedeu a Rascovsky, que reaproveita o próprio excedente para oficinas ou os negativos de suas obras e devolve o que sobrou para a empresa para reciclagem.

Rascovsky obteve a Bolsa da Embaixada da França/Fundo Nacional para as Artes e, juntamente com o Supersudaca, coletivo de arquitetura que integra, a bolsa principal do Prins Claus Fonds, da Holanda. Desde 2012 dirige o Estudio Planta junto com Irene Joselevich.

Fotos: Divulgação

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