Talvez você não saiba, mas o vinho branco Torrontés só é produzido na Argentina. A cepa é autóctone do país e surgiu do cruzamento entre outras duas uvas, a Moscatel de Alexandria e a Criolla Chica. Com informações do site oficial de turismo da Argentina, apresentamos aqui uma rota para saborear os melhores rótulos de Torrontés. Uma viagem para aliar o prazer da enogastronomia com a natureza imponente das regiões onde esse vinho é produzido.
Por seu frescor, por sua intensidade aromática tão característica com tons frutados e florais, e por sua acidez justa, o vinho com uva Torrontés rapidamente tomou um lugar no brinde de cada fã da bebida. As variedades são três: mendocina, sanjuanina e riojana. Essa última leva a dianteira porque possui um altíssimo valor enológico. Isso posiciona o Torrontés como o segundo vinho branco mais exportado do país. Possui muitos prêmios e reconhecimentos ao redor do planeta. Funciona bem como um aperitivo antes das refeições ou para harmonizar com sabores marinhos, como peixes e frutos do mar.
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O Torrontés de Mendoza
Quando se fala em vinhos argentinos não se pode ignorar a província da uva, das melhores vinícolas do mundo, dos vinhedos ao pé das cordilheiras de montanhas com picos nevados. Não é de surpreender que em seu solo se concentre a maior área da variedade riojana, lar ideal para a produção da bebida em todos os seus formatos.
Mendoza, a joia da Rota do Vinho Argentino, é um ótimo ponto de partida para se aproximar dessa variedade. Suas 874 vinícolas – com mais de delas 140 abertas ao turismo – e seu emblema como uma das Grandes Capitais do Vinho no planeta – de acordo com a GWC (Great Wine Capitals) – são um convite perfeito para quem gosta da arte de degustar com uma taça na mão. P
Mendoza é onde está localizada a melhor vinícola do mundo, escolhida pelo terceiro ano consecutivo para liderar o ranking World’s Best Vineyard: Zuccardi Valle de Uco. Ali – é claro – também há oferta da variedade do Torrontés.
Um fato? O Torrontés da vinícola Susana Balbo (na região de Agrelo) recebeu nada mais e nada menos que a medalha de ouro no Decanter Wine Awards 2020, um dos maiores prêmios da indústria.
Vale de Cafayate, Salta, o paraíso da cepa Torrontés
Salta “la linda” ganhou importante presença no universo do vinho. No Vale de Cafayate, bem ao norte do país, a cepa do Torrontés encontrou um paraíso. Graças ao clima ensolarado, com pouca chuva e uma altura de três mil metros acima do nível do mar, a videira cresce como um peixe na água.
Essa região acabou se convertendo na casa oficial da variedade. O Torrontés é um emblema saltenho. Nessas terras, a uva encontra sua melhor versão: uma personalidade forte, o aroma frutado e um sabor irresistível. O plano inclui visitar as vinícolas e degustar na adega a bebida estrela do destino. Muitas delas também têm pousadas. Então, dormir cercado por vinhas faz parte da lista de imperdíveis.
Para completar as razões pelas quais Salta é um ótimo destino vinícola, vale a pena salientar o Museo de la Vid y el Vino (Museu da Videira e do Vinho). Esse espaço conta a história e as características dos vinhedos da região. Além disso, a região exige uma visita à Vinícola Colomé, a mais antiga do país, com mais de 180 anos de operação. A bodega foi posicionada na 35ª posição das melhores do mundo pelo The World’s Best Vineyard.
Foto: Viníciola Colomé/site oficial