Tarapacá investe em biodiversidade. A investigação do terroir da vinícola começou em 2014 e é um dos mais profundos já feito no Chile. O objetivo é compreender as características do solo, clima, topografia e biodiversidade e suas influências nas características dos vinhos. Os vinhos desa marca chegam ao Brasil pela Épice Importadora.
As grandes descobertas desta investigação foram: em primeiro lugar, o Fundo Tarapacá é um Clos Natural que já está protegido por barreiras naturais – o Rio Maipo e o cordão montanhoso dos Altos da Cartillana -, criando um clima único dentro de um macro clima mediterrâneo. Em segundo lugar, os vinhedos têm sete tipos de solos, o que possibilita um conhecimento técnico para extrair o máximo de potencial de cada terroir.
Em paralelo com estas investigações foi a descoberta de que nos cordões montanhosos que rodeam o Fundo Tarapacá encontra-se um dos 35 hotspots mundiais de biodiversidade – o que implica que são territórios onde existe uma concentração significativa de endemismos, que em muitos casos se encontram ameaçados pelas ações produtivas do ser humano. Diante disso, a Tarapacá tem se preocupado em construir e proteger seu legado, com base em um Plano Master.
Este Plano Master tem como objetivo reconectar ecologicamente os mais de 2 mil hectares do Fundo, criando uma rede de corredores biológicos que reestabelecem a conexão entre o maciço de Cantillana e o Rio Maipo, através dos vinhedos do Fundo. Isto permite manter o balanço natural do ecossistema e conservar a biodiversidade, garantindo que as espécies nativas e endêmicas convivam em harmonia nos vinhedos.
O Plano Master contempla a reintegração de um total de 110 hectares de vegetação nativa, 40 hectares com a criação de uma rede de corredores biológicos, e 70 hectares em encostas, em um processo de restauração passiva. Em 2021, houve a marca de 22 hectares de restauração passiva e mais 12 hectares em corredores biológicos. Em 2023, a Tarapacá sela o acordo com 1% For The Planet, organização que oferece uma oportunidade única para impulsionar mudanças positivas para o nosso planeta e as gerações futuras. Assim, a Vinícola Tarapacá se consolida como um promotor das boas práticas, além de incentivar as pessoas a conectar-se com a terra e ser ativamente responsável pelo mundo em que vivemos.
Sebastián Ruiz, enólogo da Tarapacá, acredita fortemente no enorme potencial dos vinhedos Tarapacá e seu objetivo é criar vinhos distintos e de origem, representativos do Vale do Maipo, mas com as particularidades do terroir do Fundo Tarapacá, potencializando o estilo único da vinícola e em particular da linha Gran Reserva e varietais.
Tarapacá – fundada em 1874 como “Viña de Rojas” em homenagem ao seu fundador, Dom Francisco de Rojas y Salamanca, um respeitado e conhecido homem de negócios da época. Os vinhedos foram estabelecidos aos pés da Cordilheira dos Andes, com cepas originárias da França, tais como as tintas Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot e as brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Semillon.Em 1875, a Vinícola Tarapacá obteve seu primeiro reconhecimento nacional: a medalha de prata na Exposição Internacional de Santiago. Um ano depois, em 1876, a marca recebeu sua primeira medalha internacional na Exposição de Filadélfia, nos Estados Unidos.
Em 1992, Vinícola Tarapacá dá início a um ambicioso projeto: focar na produção de vinhos para o mercado internacional, respaldada por uma tradição centenária adquirida no mercado doméstico. ·Neste mesmo ano Vinícola Tarapacá adquire o Fundo El Rosario de Naltahua, com 2.600 hectares de extensão, das quais 611 hectares são ocupados por vinhedos irrigados pelas águas do Rio Maipo.
Em 2016, inauguramos nossa mini hidrelétrica “El Rosario”. Trata-se de um projeto de energia renovável com o objetivo de aproveitar as águas do canal de irrigação alimentado pelo Rio Maipo presente no vinhedo, para gerar energia elétrica para a operação da vinícola. Com isso é capaz de gerar 250 KWh de energia, o que representa 60% do consumo elétrico da bodega.
Atualmente, a Vinícola Tarapacá exporta 98 mil caixas de nove litros ao ano para 50 países nos cinco continentes. Entre seus principais destinos estão Brasil, México, Estados Unidos, Canadá, República Checa e Finlândia.