Futuro do turismo brasileiro é discutido em Curitiba. Debates acontecem na Feira Internacional de Destinos Inteligentes que ocorre até terça-feira, 17. Representantes do Sebrae, Ministério do Turismo, estados e municípios participantes do programa de Destinos Turísticos Inteligentes estiveram reunidos neste domingo, 17, para a segunda oficina da Rede DTI no Brasil. A ideia é criar um grupo colaborativo nos moldes da Rede Ibero-americana DTI, recentemente criada com a participação de cidades e instituições do Peru, Colômbia, Argentina e Brasil.
A primeira reunião da rede ocorreu em dezembro do ano passado, durante o Salão Nacional do Turismo que ocorreu em Brasília. O objetivo desse segundo encontro foi aprofundar as discussões para a criação da rede brasileira. “Turismo é desenvolver, qualificar e promover. Qualquer tipo de programa de turismo precisa de uma política pública integrada para que o processo não perca força e, por isso, é tão importante o trabalho em rede”, disse Milton Zuanazzi, secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, do Ministério do Turismo.
A coordenadora de Turismo do Sebrae Nacional, Ana Clévia Guerreiro, pontuou que a estratégia DTI é importante para o fortalecimento do turismo brasileiro. “Sem uma boa política pública, a gente não prospera. Ter uma base sólida nos permite prosperar no processo de desenvolvimento. Os Destinos Turísticos Inteligentes foram criados porque o mundo mudou. Nós temos novos desafios e, para resolvermos esses novos desafios, precisamos de novos modelos de desenvolvimento. A rede de DTI atua em conjunto para dar uma virada no turismo brasileiro.”
Ela ainda observou que cada um dos destinos tem uma prática que está vinculada à inovação e ao novo modelo de desenvolvimento. “Os destinos turísticos inteligentes fortalecem a política do ecossistema de regionalização”, ressaltou.
Juliana Bettini, especialista em turismo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destacou que a instituição está nesse programa por acreditar que o turismo é um vetor de crescimento econômico importante para a América Latina e para o Caribe e que montar uma rede como essa faz com que se aprofunde em assuntos ligado à governança. “Os destinos cada vez mais têm dificuldades para aumentar sua competitividade e a rede contribui muito para isso. Para o BID, isso é extremamente relevante porque nos permite apoiar, de forma muito mais assertiva, tanto os governos no âmbito federal a implementarem as suas políticas públicas quanto os destinos que trabalham para melhorar as vidas dos seus habitantes”, afirmou.
DTI
No Brasil, o Sebrae e o MTur conduzem iniciativas complementares com o objetivo de transformar localidades em DTI, que são territórios turísticos sustentáveis e diferenciados, que facilitam a interação e a integração do turista com o destino, ofertando experiências memoráveis em toda a sua jornada.
Especialistas debateram na Oficina Destinos Turístico Inteligentes – Discussão da Rede Nacional DTI. Crédito: Luis Felipe Miretzki
Atualmente, 28 destinos estão em processo de transformação, sendo que 12 deles fazem parte do Programa Turismo Futuro Brasil, realizado pelo Sebrae em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e GKS Inteligência Territorial, consultoria responsável pela execução da iniciativa.
Pelo Sebrae, a estratégia de DTI está sendo aplicada em parceria com o BID nas cidades de Pirenópolis (GO), Bonito (MS), Penedo (AL), São Luís (MA), Recife (PE), Belém (PA), Novo Airão (AM), Curitiba (PR), Bombinhas (SC), Belo Horizonte (MG), Ilhabela (SP) e Paraty (RJ).
FIDI
O Sebrae está presente na da Feira Internacional de Destinos Inteligentes (FIDI) e em seu estande apresentará as boas práticas dos 12 municípios reconhecidos no Brasil e que fazem parte do Programa Turismo Futuro Brasil. O evento é voltado para profissionais do setor de turismo e inovação, gestores públicos, acadêmicos e organizações não governamentais do Brasil e da Ibero América.