“Até fazer o pão perfeito, você vai fazer muitos imperfeitos”. Este é um ditado muito conhecido no universo do pão, especialmente do pão artesanal e de quem busca a perfeição nesta arte culinária. E é muito evocativo quando comemoramos o Dia Mundial do Pão (16 de outubro). Se todo o padeiro profissional ou amador é persistente para alcançar esse resultado, a gente não pode generalizar. Mas, para fazer um pão desse quilate, é certo que eles precisam ser muito aplicados. Este é o caso do engenheiro químico e chef amador Neander Pereira que traz nesta matéria a receita de pão integral de pinhão com grãos, um verdadeiro pão artesanal. Na pandemia, ele entrou de cabeça na cozinha. “A receita do pão foi desenvolvida na tentativa e erro, até chegar numa fórmula que considero maravilhosa. Fiz uns trinta pães até chegar à receita final. Com pinhão, ficou muito bom também”, diz ele.
A publicação é do jornalista Eduardo Sganzerla, no Paraná Portal, parceiro do blog Nuestra América.
O curitibano Neander, a rigor, segue uma tendência brasileira de revalorizar o pão artesanal, ou pão caseiro, feito com diversas técnicas de fermentação, que caiu no gosto do consumidor, nos últimos anos. Esses pães, que levam mix de farinhas, farinhas integrais, grãos, frutas secas, castanhas e outros ingredientes gourmets, chegaram com força. Tanto que centenas de padarias nasceram nesse processo e muitas outras tiveram que readaptar o seu portfólio de pães aos gostos mais exigentes. Assim como quem buscou aperfeiçoar seus dons culinários, comprou livros, baixou vídeos e correu atrás de cursos, como Neander. Ele foi ao Centro Europeu, de Curitiba, cursar culinária com destaque para a boulangerie (padaria).
“Um pão caseiro simples já é uma excelente conquista para a sua vida”
O jornalista e consultor gastronômico Luiz Américo Camargo, pesquisador da panificação, vem mapeando muito bem esta trajetória que cada vez mais atrai os brasileiros. Aliás, ele vem ampliando a fronteira do conhecimento sobre o pão. Autor dos livros de grande sucesso como “Direto ao Pão” (Panelinha Senac) e “Pão Nosso” (Panelinha Senac), com técnicas, receitas e crônicas sobre pães e preparações artesanais, vai a fundo no assunto, como disse em entrevista à Farofa Magazine: “Um pão feito na sua forma mais elementar, farinha, fermento água e sal, será sempre melhor do que um produto industrial, cheio de conservantes artificiais, melhoradores, com excesso de açúcares e gorduras. Um pão caseiro simples, portanto, já é uma excelente conquista para a sua vida, quer seja pelo processo biológico e dentro de um tempo adequado e que caiba e caiba na sua vida.”
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Foto: Neander Pereira, padeiro amador, mas exigente. Foto: Bruno Tadashi