Segundo relatos de pessoas que já foram ao Monte Roraima, não existe vídeo ou imagem que capte a imensidão e beleza do lugar. É considerado o gigante da tríplice fronteira (Brasil, Venezuela e Guiana).
Formado há 2 bilhões de anos, no período pré-cambriano, numa altitude de 2.875m, com a paisagem repleta por rios, cascatas e formações rochosas. Cercado por aspectos da espiritualidade de seus anfitriões e protetores indígenas Taurepang, guardado pelo Parque Nacional Monte Roraima (RR), o Monte Roraima é uma das montanhas mais antigas do mundo e possui o cume mais extenso do planeta, 34 km².
É considerado santuário e meta de ascensão por um número cada vez maior de praticantes de caminhada. De acordo com relatório da Future Market Insights (FMI), a busca global por turismo de aventura entre os anos de 2023 e 2033 deve aumentar 16,2% ao ano. Além dos viajantes brasileiros, que em sua grande maioria são do sul e sudeste do país e escolhem o Monte como destino, estrangeiros também estão na lista. Roraima recebeu turistas, principalmente do Chile, Argentina e Estados Unidos entre 2022 e 2023, que chegaram pelos aeroportos de Brasília (42,5%) e Guarulhos (22,1%).
Espiritualidade e cosmovisões
As lendas que o cercam remetem ao seu surgimento, como a que diz que os indígenas Macuxi, que então viviam na área. Certo dia notaram uma bananeira no local, seguida de um aviso divino que dizia não ser permitido cortá-la ou comer seus frutos. Após não respeitarem o recado e terem cortado a planta na raiz, a natureza se revoltou e, com raios e trovoadas, fez surgir o paredão.
Mais do que as lendas contadas há séculos, estar no local já é uma verdadeira experiência de um lugar mágico e diferente de todo o resto. “Há aqueles que se aventuram para o Monte para superar desafios físicos, porém, o real sentido da expedição está na compreensão dos aspectos sagrados da sabedoria ancestral de indígenas de diferentes etnias que reverenciam, respeitam e compreendem este espaço único do planeta Terra como fonte de vida, de espiritualidade e, sobretudo, de transformação. O intercâmbio que tive com os Taurepang me transformou completamente e foi um divisor de águas na minha concepção de mundo”, disse Alberto Rabelo, produtor de experiências Vivalá e do roteiro ao Monte Roraima.
Os atuais protetores do Monte Roraima são os indígenas Taurepang, que também são guias e levam os grupos de viajantes pelas trilhas, que devem ser feitas sempre com um local. O roteiro oferece imersão na cultura e no folclore Makunaima.
Expedição de dez dias põe o viajante em reencontro com si mesmo
Uma das formas de conhecer o Monte Roraima é por meio de uma Expedição de Aventura, como a collab entre a Vivalá, referência em Turismo Sustentável no Brasil e a Roraima Adventures (RRAdv), especialista na região há 22 anos e pioneira nas expedições ao Monte Roraima. “A Amazônia é o berço da Vivalá e ficamos extremamente felizes de expandir nossa operação para o sétimo dos nove estados da Amazônia Legal, especialmente para um local realmente inacreditável como a experiência no Monte Roraima que vai oferecer uma uma experiência incrível e transformadora para nossos viajantes”, afirma Daniel Cabrera, Cofundador e Diretor Executivo da Vivalá.
De acordo com o diretor-geral da RRAdv, Joaquim Magno, a parceria no roteiro se dá pelos objetivos em comum dos negócios sociais. “A contribuição é recíproca, pois as duas empresas proporcionam uma experiência que tem um objetivo comum, que é levar os viajantes a viver uma experiência no destino, mas com qualidade, segurança, impacto positivo e sonho realizado”.
Magno ainda destaca o quão único é o destino. “Datado de 2 bilhões de anos, com formações geológicas pré-cambriana, onde a vida pouco evoluiu, com um endemismo de flora e fauna muito específico, com formas rochosas curiosas e pitorescas, o lugar é dotado de uma energia indescritível, com o topo forrado de cristais de quartzo. Isso atrai a atenção de turistas, aventureiros, cientistas, biólogos, antropólogos, esotéricos, místicos e todos aqueles que buscam nesta fascinante aventura o reencontro consigo mesmo e com a origem da vida, levando a todos a repensarem sobre o verdadeiro sentido da vida”.
O roteiro foi criado não somente para oferecer ao viajante uma linda e inesquecível experiência, mas também para impactar positivamente o lugar que irá ser palco da aventura. Esse impacto é fruto do turismo sustentável, que busca contribuir com a preservação ambiental do local, as comunidades participantes e a experiência dos viajantes.
“Desde o primeiro contato com nosso material de marketing e equipe de vendas até o retorno da Expedição, nosso viajante recebe todo o suporte e orientação para que sua experiência seja a mais agradável possível, o que inclui boas práticas relacionadas à sustentabilidade e segurança”, destaca Daniel Cabrera que, além de estar à frente da Vivalá, integra o conselho da Abeta – Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
“O melhor impacto que o turismo sustentável pode proporcionar ao meio ambiente, se bem conduzido, começa no aspecto social, gerando emprego e renda em comunidades que não têm muitas oportunidades. Mas também avança no aspecto da preservação ambiental, porque a atividade se desenvolve em espaços naturais, e isso agrega valor ao conservacionismo. O turismo tem uma responsabilidade de impacto positivo, mas claro, se feito de forma responsável e sustentável”, afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), órgão responsável pela elaboração de normas técnicas adotadas no mundo inteiro, Luiz Del Vigna.
A expedição
O impacto social da Expedição ao Monte Roraima inicia na condução do roteiro e durante a subida, guiada por indígenas locais, que conhecem e possuem contato direto com a região. A expediçãotem duração de dez dias e é indicada para pessoas que já possuem um preparo físico, pois são 100 km de caminhada.
O dia um é apenas de embarque para Boa-Vista (RR), onde no segundo dia de roteiro todos os viajantes do grupo irão se encontrar e receber as últimas orientações da equipe, principalmente para questões de logística, segurança e desenvolvimento da parte operacional. Após o almoço, o grupo segue viagem até a fronteira com a Venezuela e realiza os procedimentos de aduanas, para então pernoitar em Santa Elena de Uairén, na Venezuela.
No terceiro dia a grande jornada começa. Após o café é hora de partir até a Comunidade de Paraitepuy, onde será o acampamento da primeira noite, às margens do rio Tek ou Kukenan. Na manhã seguinte o trekking continua até a base, para mais uma noite frente ao paredão. O quinto dia possui um dos caminhos com o cenário mais bonito, com paradas para contemplação da paisagem e fotos com os jardins de bromélias, orquídeas e pequenos pássaros. Neste dia, o grupo se aproxima do topo e é possível observar o Monumento de Makunaima, além de ser recepcionado pelos “Guardiões da Montanha”, três imensos blocos com formato de observadores.
O dia seis é de imersão total no topo, com destaque para o Vale dos Cristais. O lugar por si só traz a sensação do Macro e do Micro, dos extremos, do surreal, do cósmico, do inexplicável. A energia desse lugar não se traduz em palavras, mas em suspiros, sons, silêncios, reflexões e observações caladas. Após passar pelo Ponto Triplo, a parada final do dia é o El Fosso.
No sétimo dia de expedição é hora dos viajantes se deslumbrarem com as Piscinas Jacuzzis e com o Mirante La Ventana, sendo possível admirar as quedas d’água e o vale de florestas do Monte Kukenan (Pai dos Ventos). Além de contemplar e se reconectar consigo mesmo, o grupo alcança o ponto mais alto do Monte e avista a Gran Sabana e a trilha que cruzaram até chegar à base. Para finalizar o dia e se sentir dentro de um santuário, é possível visitar o Salto Catedral, antes de ir até o Paso de Los Cristales e repor as energias.
O oitavo dia do roteiro é um momento de despedida da Casa de Makunaina, onde começa a descida até a base, com direito a pernoite com o céu mais estrelado da viagem. No dia seguinte o grupo realiza os últimos 15 Km de caminhada até a Comunidade de Paraitepuy, para embarcar em veículos 4×4 que os levarão até a fronteira para procedimentos de aduanas e pernoite em hotel na capital. O último dia é reservado para check-out e retorno para casa.
Os roteiros têm saídas previstas de uma a duas vezes no mês e incluem o transporte terrestre a partir de Boa Vista até a Comunidade Indígena Paraitepuy, onde o grupo passa tanto na ida, quanto na volta. Com um investimento é de R$ 5.500, que pode ser feito em 5x no cartão de crédito, PIX ou boleto, a expedição inclui treinamentos antes da viagem, hospedagem em Boa Vista e em Santa Elena de Uairén, transporte, todo o apoio de camping, incluindo equipamentos coletivos de acampamento, alimentação, taxa de entrada nas Comunidades e uma equipe capacitada para guiar a expedição. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em junho ou outras datas, acesse https://www.vivala.com.br/expedicoes/monte-roraima.
Sobre a Vivalá
A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 24 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, e trabalha em conjunto com 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.
Com 15 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até maio de 2024, a Vivalá já embarcou mais de 3 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$ 4 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse