Executivos de aeroportos analisam situação do setor em relação à pandemia do coronavírus, o que causou e ainda causa. Os impactos econômicos para diversos mercados em nível global.
O setor de aviação, bastante prejudicado, está em fase de retomada e a expectativa é que os níveis de operação se equiparem aos de 2019 ainda no primeiro semestre deste ano. Para isso, novas estratégias a fim de driblar eventuais imprevistos estão em andamento.
Na edição de fevereiro da Revista 29HORAS, executivos de aeroportos do Brasil falaram sobre as lições de gestão aprendidas com a pandemia e quais projetos foram ou estão e desenvolvimento neste período de retomada.
Veja abaixo o que disseram alguns dos executivos.
Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil (Aeroportos de Fortaleza/CE e Porto Alegre/RS) – “Conseguimos orgulhosamente entregar a ampliação do terminal de passageiros e um novo pátio, aumentando a capacidade operacional do aeroporto e oferecendo mais espaço aos viajantes”.
Antônio Claret, Presidente do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo – “O país ainda precisa ampliar a malha aeroportuária, principalmente na aviação subregional, que alavancaria o turismo regional como um todo. As lições de gestão aprendidas com a pandemia foram, então, investir na infraestrutura, na internacionalização de aeroportos e na continuidade da concessão à iniciativa privada para uma resposta robusta à crise”.
João Márcio Jordão, Superintendente do Aeroporto de Congonhas (São Paulo/SP) – “Agora o sistema de câmeras de segurança está sendo aumentado e será acrescido de câmeras termográficas, para a verificação automática da temperatura individual das pessoas, como prevenção à disseminação da Covid-19”.
Jorge Arruda, Presidente da Inframerica (Aeroportos de Brasília/DF e Natal/RN) – “Mesmo com a pandemia, nossos projetos continuaram. Em Brasília, abrimos a Praça Pick-up, um complexo moderno, construído ao ar livre, em frente ao terminal aéreo. É um centro de mobilidade urbana para os passageiros após o desembarque e um espaço de conveniência”.
Júlio Ribas, CEO do Salvador Bahia Airport (Salvador/BH) – “Reconfiguramos o aeroporto com o apoio da ANAC e implementamos rapidamente tecnologias que permitiram a manutenção dos negócios, como a instalação de telas que informam a lotação de banheiros, além de painéis de energia solar que diminuem a nossa pegada de carbono e permitem a expansão de nosso terminal”.
Kleber Meira, CEO do BH Airport (Belo Horizonte/BH) – “Lançamos, recentemente, uma nova plataforma de venda de passagens aéreas e o diferencial desse novo serviço está em proporcionar aos passageiros a possibilidade de adquirir bilhetes com conexão entre empresas aéreas distintas e garantir a viagem em caso de atrasos, cancelamentos e alterações de horários de voos”.
Marcelo Mota, Diretor de Operações do Aeroporto de Viracopos (Campinas/SP) – “Temos um terminal moderno, onde as medidas de distanciamento foram perfeitamente aplicadas, e centralizamos as ações de combate à Covid-19 em um Comitê de Gestão. Recebemos o certificado internacional de segurança em saúde pelo Airports Council International (ACI) e as pessoas perceberam que viajar é seguro”.
Ricardo Gesse, CEO do Floripa Airport & ASeB (Florianópolis/SC, Vitória/ES e Macaé/RJ) – “Em Florianópolis, temos uma grande praça de entretenimento, lazer e compras em frente à entrada do novo terminal que se tornou uma opção de lazer, com áreas abertas e um leque variado de serviços como supermercado, barbearia, salão de beleza e farmácia. Temos ainda projetos que envolvem telemedicina, terminal de ônibus e Detran”.
Santiago Yus, Diretor-Presidente da Aena Brasil (Aeroportos de Recife/PE, Maceió/AL, Aracaju/SE, João Pessoa/PB, Juazeiro do Norte/CE e Campina Grande/PB) – “O Aeroporto do Recife, por seu compromisso e rigor com os protocolos de prevenção à disseminação do coronavírus, recebeu o selo Turismo Seguro do governo pernambucano e o selo Safe Travels – concedido pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC)”.