O maior rali cross-country das Américas, o Sertões, está em andamento desde o dia 13 até o dia 22 de agosto, com largada e chegada de duas praias nordestinas: Pipa, no município de Tibau do Sul (RN) e Praia dos Carneiros, em Tamandaré (PE), respectivamente. O percurso tem 3.615 quilômetros, passando por sete estados: Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Alagoas.
Nesta edição, serão 316 competidores em um grid composto por 192 veículos, sendo 68 motos/quadriciclos, 90 UTVs e 34 carros. Entre eles está a dupla formada pelo piloto paulista Luis Fernando Carqueijo e o navegador paranaense Igor Quirrenbach de Carvalho, que representam a equipe Goodyear Trailway. Eles estão a bordo de uma Mitsubishi L200 Triton R, calçada com pneus Goodyear Wrangler MT/R Kevlar.
Porém, mais do que competir, eles trazem para a 29ª edição do Sertões o projeto Sertões de Zero a $100k com o objetivo de mostrar que o sonho de participar do Sertões é uma realidade mais próxima do que muitos imaginam.
“Apresentaremos às pessoas que é possível fazer parte do segundo maior rali do mundo, com um orçamento de até R$ 100 mil; um valor relativamente baixo dentro do mundo automobilístico”, esclarece Carqueijo.
O Sertões com estrutura enxuta
As duplas que tiverem o sonho de experimentar o mundo do cross country poderão observar durante os dez dias prova, as estratégias que a equipe Goodyear Trailway utilizará para isso. “É basicamente um resgate de como as pessoas disputavam o Sertões nos anos 1990, com uma estrutura enxuta, quase que ‘na cara e na coragem’”, conta o piloto. “É uma façanha que ninguém tentou fazer nas últimas décadas, ou melhor, ninguém se arriscou; com pessoas e situações reais, criando um desafio real”, afirma o piloto.
Roteiro e objetivo
O projeto Sertões de Zero a $100k tem como meta concluir a competição, que tem nove etapas mais o prólogo – tomada de tempo que define a ordem de largada para a primeira etapa. As cidades anfitriãs são: Pipa (RN), Patos (PB), Araripina (PE), São Raimundo Nonato (PI), Xique Xique (BA), Petrolina (PE), Delmiro Gouveia (AL), Arapiraca (AL) e Tamandaré (PE).
“Existem chances de conquistarmos um bom resultado, já que há disputa em diversas subcategorias da categoria Carros. Mas a nossa prioridade é levar a picape até o final da prova, permitindo uma participação com baixo custo, apenas como forma de realizar um sonho”, explica Carqueijo.
Estratégia do projeto
Chegar ao final do Sertões, com o valor de investimento sugerido é o propósito do projeto Sertões de Zero a $100k. Para isso, o orçamento conta com uma estratégia para utilizar um veículo de rali usado, em bom estado, adequado e preparado para o Sertões.
O carro escolhido foi uma Mitsubishi L200 Triton Sport R, especialmente desenvolvida para competições deste tipo. “De modo geral, a picape já vem preparada com os itens obrigatórios para o Sertões, diminuindo os custos com aquisições ou adaptações necessárias para este esporte”, aponta o piloto.
E neste quesito está o principal segredo da viabilização do projeto, uma vez que o carro selecionado tenderia a custar mais que o orçamento de R$ 100k. “A Mitsubishi parcela a compra para aquisição deste veículo, e esta é a sacada. Os participantes compram o carro de forma parcelada, sem precisar desembolsar o valor total, utilizam a Triton para correr e depois colocam a venda. Assim, é possível ter o veículo ideal para participar, com um custo bem menor”, especifica Carqueijo.
Só os itens obrigatórios para participação no rali
Para não extrapolar o valor determinado, o orçamento do projeto incluiu apenas os itens obrigatórios para a participação, dispensando o que é opcional. “O regulamento, por exemplo, exige um apoio mecânico formado por, no mínimo, uma pessoa e um carro (o que está dentro do teto). Caso queira levar uma segunda pessoa, esse custo não entra no valor do projeto (sendo ele financiado a parte). Os competidores precisam ter macacão, mas temos soluções para diluir essa despesa, como por exemplo, a compra de usados ou locação. Nesta conta entram ainda valor de inscrição, custo de combustível, hotel, alimentação, entre outros”, detalhou o piloto.
Os organizadores do projeto esperam que esta ação possa encorajar os amantes do rali cross-country a participarem da competição. “De modo geral, o mindset é que Sertões é algo inalcançável para a maioria das pessoas, sugerindo orçamentos milionários. Mas a ideia é mostrar que é possível participar do evento, com um orçamento bem mais enxuto e reduzido, sem muitas expectativas entre ganhar ou não, mas sim pelo prazer de estar lá e sentir esta emoção do Sertões”, finaliza o piloto.
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