Azul S.A., “Azul” (B3:AZUL4, NYSE:AZUL) anunciou ontem, dia 13, os resultados do primeiro trimestre de 2020 (“1T20”). As informações financeiras apresentadas estão de acordo com as normas contábeis IFRS (International Financial Reporting Standards), incluindo a norma IFRS 16 e em reais.
Neste primeiro trimestre do ano, o resultado operacional é de R$173,6 milhões, com margem de 6,2%. Normalizando pelo impacto da Covid-19 e pela depreciação média do real de 18% em relação ao ano anterior, a margem operacional seria de 14,9%, um crescimento de 1,2 ponto percentual em relação ao 1T19 (primeiro trimestre 2019).
O prejuízo líquido, excluindo variação cambial e marcação a mercado, totalizou R$975,3 milhões, principalmente relacionado com o ajuste do valor justo da participação da Azul na TAP de R$ 618,5 milhões e as perdas com hedge de combustível.
O RASK (passagem) reduziu 1,5% com aumento de 12% na capacidade ano contra ano. O RASK ajustado pela etapa média aumentou em 1,6%.
O CASK (receita operacional líquida e ativo total) aumentou 7% em relação ao ano anterior principalmente devido à depreciação média de 18% do real. O CASK reduziu 2,1% normalizado pelo câmbio e pelo COVID-19.
No fim do primeiro trimestres de 2020, o total de caixa e investimentos da Azul era de R$3,1 bilhões. Incluindo reservas de manutenção e ativos disponíveis, a liquidez total da empresa foi de R$6,7 bilhões. Com a posição de caixa atual, a Companhia estima poder suportar o atual ambiente de demanda por mais de um ano se necessário.
A frota operacional comercial da Azul totalizou 138 aeronaves no fim do trimestre, incluindo 49 aeronaves de nova geração, que representaram 55% da nossa capacidade total do 1T20. Desde abril, a Azul vem operando em torno de 15 a 20 aeronaves.
O TudoAzul apresentou crescimento de 18% no seu faturamento (ex-Azul) no 1T20, e terminou o trimestre com mais de 12 milhões de membros.
A receita da Azul Cargo cresceu 41% no 1T20 comparado com o mesmo período no ano anterior.
Resposta à Covid-19 e Plano de Recuperação
A Companhia adotou medidas como foco na segurança de seus clientes e tripulantes, ao mesmo tempo em que buscou mitigar o impacto em seus resultados financeiros e posição de liquidez.
A Azul adotou as seguintes medidas:
– Uso de máscara de forma contínua pelos tripulantes, e uso mandatório de máscara de clientes durante o voo.
– Oferta de álcool gel e lenço umedecido de limpeza para tripulantes e clientes.
– Procedimentos de limpeza após cada voo foram aprimorados, com atenção para todos os pontos que tiveram contato com o cliente.
– A rotina de limpeza profunda das aeronaves feita à noite foi intensificada, com atenção em todas as áreas de trabalho dos tripulantes.
– Redução do serviço de bordo a fim de limitar o contato dentro das aeronaves.
– Voos gratuitos para profissionais da saúde que combatem o vírus.
– Flexibilidade para remarcar voos ou receber créditos de viagem válidos por um ano.
Desde o início da pandemia, a Azul rapidamente ajustou a sua malha, e na segunda quinzena de março reduziu a sua capacidade em 50%.
Em 26 de março, a Azul foi a primeira companhia aérea do Brasil a implementar uma malha aérea essencial, reduzindo a quantidade de voos diários de 950 para 70.
A Companhia tem operado apenas os voos que geram receita suficiente para cobrir seus custos variáveis.
Nas semanas de 4 e 11 de maio, a Azul aumentou a malha para 90 e 115 voos diários, respectivamente, com base na identificação de novos mercados viáveis.