A Santa Rita Estates vivenciou uma safra 2023 diferente das anteriores devido às altas temperaturas e geadas sem precedentes que abalaram os vinhedos no Chile e na Argentina. Por um lado, as vinícolas chilenas Santa Rita e Carmen passaram pelos meses mais quentes dos últimos anos, enquanto a argentina Doña Paula passou por uma frente polar que afetou vários setores produtivos e pelo calor que antecipou a safra. As informações são da assessoria de imprensa da Santa Rita Estates.
O Gestor de Viticultura, Gerardo Leal, destacou que esta vindima tem sido historicamente quente, tendo-se atingido em janeiro e fevereiro as temperaturas mais extremas dos últimos 70 anos, entre os 32°C e os 34°C. E é o que está sendo vivenciado em grande parte do mês de março. Esse calor implica decisões importantes para o setor, seja pelas datas de colheita e pelo amadurecimento das uvas. “Há um avanço na colheita de pelo menos um mês, essa é a condição deste ano principalmente por causa do calor”, diz Leal.
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Safra 2023 Santa Rita: menos uvas no lado argentino
Por sua vez, o vinhedo argentino diminuiu a quantidade de uvas colhidas devido às geadas de outubro de 2022, mas antecipa a produção de excelentes vinhos brancos devido à alta qualidade das uvas graças à ausência de chuva durante o período de maturação.
Quanto aos tintos, o Gestor de Viticultura e Enólogo de Doña Paula, Martín Kaiser, detalha que “as altas temperaturas, sobretudo as máximas, potenciaram a acumulação de açúcares e a maturação da fruta, pelo que se verifica um avanço de duas semanas no que respeita às datas históricas.
O relatório detalha que a colheita da vinícola Santa Rita Estates está prestes a terminar nas primeiras semanas de abril, já que as uvas brancas terminaram seu processo durante o mês de março e restam apenas as tintas, que já percorreram a maior parte do percurso.
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