Rumos do turismo: de coadjuvante a protagonista

Turismo e economia

Grazielle Ueno Maccoppi (*)

Há tempos, os profissionais que atuam na área do turismo lidam com diferentes estereótipos, como amantes das viagens, adeptos de uma vida descontraída e de poucos compromissos, trabalho com curtição e muito descanso, viajante. Talvez, o imaginário social esteja relacionado com o fato de o segmento possuir estreita relação com os espaços de lazer e com os equipamentos de entretenimento. Mas a realidade não é bem assim.

O turismo tem recebido investimentos em larga escala e está a todo vapor, no pós-pandemia, o que exige profissionalização e capacitação para garantia de bons resultados. O setor, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Turismo, deve ter arrecadação recorde em 2023. A previsão foi realizada pela Pesquisa de Impacto Econômico, desenvolvida pela Oxford Economics, encomendada pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

O PIB Produto Interno Bruto é um indicador universal utilizado amplamente para avaliar aspectos econômicos de um país. É uma medida de crescimento econômico, capaz de refletir o avanço ou a desaceleração econômica de uma nação, o que facilita em alguma medida a comparação do desempenho econômico entre países.

No Brasil, a estimativa de crescimento para 2023 é confirmada pela representação do setor de 7,8% do PIB Nacional. Se engana quem pensa que este avanço é localizado ou momentâneo. Os dados do Turismo são animadores se comparados ao período pandêmico (2019 a 2021) e, de acordo com a pesquisa, em 2023 a representação mundial do Turismo deverá alcançar 9,2% do PIB Mundial.

Em termos de geração de empregos, o estudo também revela a potência do Turismo. Em 2022, a geração de novos empregos foi de 21, 6 milhões, alcançando 295 milhões de empregos, o que representa um em cada onze vagas de empregos formais no mundo. Para 2023, a estimativa é que o número chegue a 24 milhões de novos empregos. Assim, os dados econômicos divulgados pela WTTC estimam que o Turismo na próxima década se torne responsável por 11,6% da econômica global e 12% dos empregos mundiais.

Diante da perspectiva futura de representatividade econômica mundial do Turismo, renova-se a incontestável posição de destaque do setor. A isso também se alinham investimentos de infraestrutura e de capacitação profissional fundamentais para a conquista permanente do merecido mérito deste setor.

(*) Grazielle Ueno Maccoppi é Mestre em Turismo pela UFPR e Doutoranda em Tecnologia e Sociedade pela UTFPR. Atua como professora e Coordenadora do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Centro Universitário Internacional Uninter

Foto: Divulgação

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