No Panamá, o rústico e o moderno, o passado e o presente convivem lado a lado. Ao mesmo tempo em que possui destinos naturais de tirar o fôlego e paisagens urbanas cosmopolitas, o país tem uma forte herança cultural diversificada. O turismo em terras indígenas do Panamá tem um grande espaço dentre as iniciativas voltadas para aproximar os turistas às comunidades e contexto cultural dos destinos que visitam. Quem atravessa continentes para conhecer os povos Ngäbe-Buglé, Naso, Emberá e Guna e suas culturas, gastronomia, danças e seus modos de subsistência e preservação da natureza não se arrepende. Afinal, eles são guardiões da herança nativa refletida nos 14,4% da população do Panamá que se identifica como membro de um dos grupos indígenas do país. As informações são da assessoria de imprensa do Promtur Panamá.
Além de serem conhecedores de toda a biodiversidade, os indígenas panamenhos são artesãos habilidosos que produzem esculturas em madeira, cestas, máscaras, bolsas tecidas com fibras vegetais e roupas coloridas, como as famosas molas – artes confeccionadas com camadas de tecidos sobrepostos e unidos, que são cortados, dobrados e costurados, revelando cores contrastantes.
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À BEIRA-MAR E NAS MONTANHAS
As comunidades indígenas ficam localizadas em vários pontos do Panamá, tanto à beira-mar, como os Gunas, em altas montanhas, como os Ngäbe, ou até mesmo aninhados na selva tropical, como os Emberá. Visitar um desses povos é vivenciar de perto seus costumes ancestrais e apoiar o turismo regenerativo.
Levar os turistas para vivenciar da rotina dos indígenas panamenhos faz parte de uma estratégia do país de desenvolver o turismo sustentável, destaque na Cúpula Mundial para o Futuro do Turismo, da Organização Mundial de Turismo (OMT), e identificada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como uma visão inovadora de turismo sustentável para o futuro.
Também como parte deste plano de ações que incentivam a rede de turismo comunitário do Panamá (SOSTUR), uma plataforma digital para comunidades rurais e indígenas compartilharem sua visão e apoiarem a implementação do turismo regenerativo foi criada. Os viajantes podem selecionar de forma antecipada passeios em várias comunidades piloto, com experiências ancoradas na cultura e biodiversidade do país.
AS COMUNIDADES INDÍGENAS NATIVAS DO PANAMÁ PARA VISITAÇÃO
Ngäbe-Buglé: Os viajantes podem se aventurar nas montanhas do oeste do Panamá e descobrir a maior comarca indígena do país. Rituais espirituais antigos, como a encantadora cerimônia do cacau, são realizados, e a rica herança desta comunidade é evidente a cada passo. Cachoeiras reverenciadas como locais sagrados pelo povo indígena Ngäbe-Buglé também são destino para os visitantes, incluindo a Kiki, registrada como a cachoeira mais alta do Panamá.
Naso Tjër Di: Em meio às exuberantes florestas tropicais do Bosque Protector de Palo Seco e do Parque Internacional la Amistad (Pila), os viajantes são recebidos pelo Povo Naso, os “Guardiões da Floresta Tropical”. Uma visita à área fará com que os turistas experimentem tradições místicas imersivas e rituais cativantes que homenageiam a herança cultural de Naso, além da oportunidade de conhecer o rei Reynaldo Santana, o último monarca indígena da América Central reconhecido por sua sabedoria e liderança. O compromisso inabalável do povo Naso com a conservação ecológica também é evidente e, com regulamentações rigorosas para evitar a exploração excessiva dos recursos naturais, os Naso servem como um exemplo inspirador de vida sustentável. Em 2020, a Suprema Corte do Panamá concedeu ao povo Naso o título de 395 mil hectares de suas terras tradicionais.
Emberá: Descobertas na floresta tropical de Darien, as encantadoras comunidades Emberá estão aninhadas à bacia hidrográfica do Canal do Panamá. Os viajantes poderão admirar a profunda conexão das comunidades Emberá com a natureza, danças hipnotizantes que incorporam suas crenças espirituais e seu artesanato que incluem cestas tecidas com detalhes e estátuas de madeira e sementes primorosamente esculpidas. O legado do lendário líder Emberá, Antonio Zarco, cativará a imaginação, já que ele não apenas treinou os astronautas da Apollo 11, mas também compartilhou sua sabedoria com militares e indivíduos da Força Aérea dos EUA e da NASA, incluindo figuras renomadas como Neil Armstrong e John Glenn.
Guna: A tribo Guna tem uma cultura muito vibrante, cujos membros habitam a costa leste do Caribe e as encantadoras Ilhas San Blas. Os visitantes têm a oportunidade de mergulhar na sociedade semiautônoma de Guna, testemunhar suas artesanais molas e deliciar-se com sua culinária distinta à base de frutos do mar.