Pacotes de viagem: não arrisque na hora de comprar

Na hora da crise, busque empresas consolidadas para evitar se arrepender depois. Crédito: Robbin Highins/PixaBay

Não dá pra negar, o coronavírus atingiu em cheio o setor de turismo global, e março já foi considerado o “pior mês da história” pelos agentes de viagens brasileiros. A pandemia fez com que as novas vendas caíssem a praticamente zero, e segundo a ABAV (Associação Brasileiras de Agentes de Viagens, tudo que deu para fazer foi remarcar as viagens canceladas.

Como a demanda vem sendo baixíssima, os preços também já caíram muito. Mas com tantas ofertas circulando pela internet a ABAV-PR soltou alerta (veja abaixo). Não dá pra acreditar em tudo, já que circulam por aí preços “que não condizem com a realidade” e que “despertam os sonhos do consumidor, mas que podem se tornar um pesadelo.

Para te tirar da dúvida, o Nuestra América selecionou alguns pacotes oferecidos pelas maiores empresas do país. Pelo histórico de bons serviços dá pra confiar nas ofertas – isto se as empresas não falirem durante a crise.

Como por enquanto as fronteiras estão fechadas e o voos comerciais estão cancelados, colocar uma data pra viajar agora é nada além de uma estimativa. Esteja sempre preparado para fazer as futuras trocas.

CONFIRA AS OPÇÕES. O Hurb (antigo Hotel Urbano) é um dos locais vem chamando atenção nas redes sociais pelos preços prometidos (inclusive com alguns duvidando das promessas). No site é possível comprar, por R$ 999*, um pacote de três dias com hospedagem e passagem de para Santiago no Chile.

Mas este tipo de desconto vem junto com restrições. Neste pacote, por exemplo, não é o cliente que escolhe o dia para viajar. Ele apenas sugere três datas e a decisão final fica por conta da Hurb. Feriados e meses de alta temporada são vetados de início.

Além disso tem algumas regras mais restritas para troca de datas de viagem. Só é possível modificar as datas até o dia em que voo seja confirmado. Ou seja, sem a certeza de que você poder realmente cumprir a data marcada, o risco prejuízo é grande.

As regras limitam as possibilidades, mas parecem que realmente ajudam a Hurb a aliviar preços. No site, um tour de 4 noites em San Andres e Providencia, no Caribe Colombiano, está sendo ofertado por atraentes R$ 2.559; já 4 noites em Buenos Aires custam R$ 1.869 – ambas saindo de São Paulo.

Outra player tradicional do setor no país, a Decolar também está apostando no fim da pandemia e vende, para 15 de setembro, um voo de São Paulo para Ushuaia, sul da Argentina, por R$ 1.750. A oferta pode realmente atrair, mas e se epidemia continuar e for preciso alterar a data, ou até o destino? A Decolar promete fazer as alterações até 24h antes do voo e sem multas, cobrando apenas a diferença se a nova escolha for mais cara.

Mesmo com as fronteiras argentinas fechadas e sem previsão de abrir, é possível reservar pela Decolar um assento no voo para Buenos Aires em 7 de setembro. Ida e volta, após três dias, custam R$ 1.025. Já o próximo voo previsto para Lima sai apenas em 29 de novembro, a R$ 1.325 – os valores não incluem hospedagem.

Direto naLatam Viagens há apenas três pacotes disponíveis para a América do Sul neste ano, a partir de 17 de outubro. Nesta data estão previsto dois voos: para Santiago (por R$ 1.118 com, 4 dias com hospedagem) e Buenos Aires (R$ 1.488, também com 4 dias de pernoite). Já os voos e os cinco dias de hospedagem em Montevideo estão oferecidos por R$ 1.432. A empresa permite a remarcação das datas, mas apenas para os mesmos destinos.

O também tradicional Submarino Viagens também tem seus pacotes: um passeio de 3 noites para Buenos Aires, com saída em 30 de outubro, sai por R$ 1.223 por pessoa. Já o voo e duas diárias em hotel Santiago, a partir de 28 de agosto, estão custando R$ 967.

Mais ofertas para a América Latina podem ser encontradas na CVC Viagens. O voo para Santiago em dezembro custa partir de R$ 813 (sem hospedagem). Já para ir Buenos Aires no mesmo mês os preços partem de R$ 1.018.

*Todos os preços se referem a voos de ida e volta, a partir de São Paulo. Os valores foram registrados dia 01/05/2020 e mudam com a cotação do dólar e políticas das empresas.

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